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Em decisão oficializada nesta terça-feira (21), o Tribunal de Barcelona recusou o pedido de liberdade provisória para o lateral-direito Daniel Alves. O jogador é acusado de estupro por uma jovem de 23 anos, em caso ocorrido no penúltimo dia de 2022, em uma boate na Catalunha, e desde então já alternou versões.
A defesa de Daniel Alves havia proposto às autoridades da Espanha de que o atleta aguardasse o julgamento em liberdade. A audiência para a tomada de decisão na manutenção da prisão foi liderada pelo juiz Eduardo Navarro, que optou pela continuidade da detenção preventiva.
De acordo com o jornal “El País”, os juízes classificaram que ainda há possibilidades do jogador fugir da Espanha se eventualmente fosse colocado em liberdade, podendo deixar o país em um jatinho, mesmo entregando todos os seus documentos.
A defesa da mulher que acusa Daniel Alves utilizou o caso do atacante Robinho como exemplo. O ex-Santos segue no Brasil livre, após ter sido condenado pela Justiça da Itália. Pelo fato da Constituição Brasileira não permitir a extradição de presos, ele segue em Santos.
Nos bastidores, as autoridades locais entendem que as investigações do caso estão em estágio avançado. Daniel Alves está preso há exatamente um mês e um dia. Ele foi detido no dia 20 de janeiro, sem direito a fiança, e junto com seus representantes tem buscado a soltura para acompanhar a apuração em liberdade até a data do julgamento, ainda desconhecida.
Responsável pela defesa da vítima, Ester García afirmou em rápido contato com jornalista de que “a liberdade provisória a Daniel Alves seria um ataque à integridade psicológica” da denunciante.
Desde que foi detido, o lateral já alterou sua versão dos fatos por diversas vezes, saindo de declarações de que não conhecia a moça até a confirmação de que teve relações com ela de forma consensual, e posteriormente passou acusá-la de abuso sexual.
