Transtorno alimentar quase tirou Bottas da Fórmula 1; veja detalhes
Em busca da perfeição e sob pressão, finlandês esteve perto de desenvolver anorexia
O piloto da Alfa Romeo, Valtteri Bottas, comentou sobre um transtorno alimentar no início de sua carreira, no ano de 2013. Na ocasião, o finlandês foi promovido de piloto de testes à titular na Williams.
“Treinei contra a dor física e mental. Perdi a mão e se tornou um vício. Nenhum transtorno alimentar foi diagnosticado oficialmente, mas definitivamente estava lá. Não era muito saudável. Eu queria ser o melhor, e achava que tinha que fazer aquilo. Se a equipe diz que eu devo pesar 68kg e peso 73kg naturalmente, então eles vão fazer tudo por isso”, explicou em entrevista à jornalista Maria Veitola.
Bottas chegou à Fórmula 1 após a conquista do título da GP3, em 2011. A grande pressão por resultados o impulsionou a uma dieta rígida, baseada no consumo de brócolis. Outros obstáculos foram a rotina escondida de treinamentos e a morte do piloto Jules Bianchi, no ano de 2014.
“Precisei de um psicólogo para ajudar a me recuperar. A primeira avaliação (do profissional) foi de que eu era quase como um robô que só queria atingir seu objetivo e não tinha sentimentos. Me assustou. Na época, eu não tinha vida além da F1”, relatou.
Depois de sua passagem pela Williams, Bottas assinou um contrato com a Mercedes, onde permaneceu por cinco anos como companheiro de Lewis Hamilton. No time alemão foram dois vice-campeonatos, em 2020 e 2021.