Rodrigo Coutinho aponta mudanças de Vítor Pereira no primeiro mês de Flamengo
O jornalista analisou as diferenças que o Rubro-Negro apresenta após um mês de trabalho do técnico português
Vítor Pereira viaja para o Mundial de Clubes com um mês completo como técnico do Flamengo. Apesar de ser início de trabalho, Rodrigo Coutinho apontou em sua coluna no site UOL Esporte quais são as diferenças do trabalho do treinador português para o time da temporada passada, comandado por Dorival Júnior.
Antes de analisar, Rodrigo Coutinho ressalta a importância de contextualizar a situação na chegada de Vítor Pereira. “Tinha um time-base que a torcida não questionava, e a maioria dos jogadores vinha em boa fase. Promover mudanças maiores neste cenário é basicamente impossível”, destacou o jornalista.
O primeiro ponto abordado por Rodrigo Coutinho são as trocas no elenco, que apesar de pontuais, eram obrigatórias e resultaram em problemas. “Rodinei teve seu contrato encerrado e se transferiu para o futebol grego. João Gomes foi vendido ao Wolverhampton. A reposição até aqui tem sido um problema”, destacou o jornalista.
Rodrigo Coutinho também apontou mudança feita por Vítor Pereira no esquema tático, que abandonou a formação de Dorival Júnior e resgatou a estrutura de Jorge Jesus no Flamengo. De acordo com a avaliação do jornalista, o esquema em formato de losango usado por Dorival encaixou o Rubro-Negro em 2022, mas deixava espaços nas laterais, algo que o próprio Vítor Pereira tentou aproveitar enquanto era comandante do Corinthians.
“Então seria natural que mudasse a formatação tática da equipe. E montou algo muito próximo da proposta de Jorge Jesus em 2019”, afirmou Coutinho. Assim, Vítor Pereira utiliza a movimentação de Gérson como chave para o time do Flamengo. Na opinião de Rodrigo Coutinho, a falta de intensidade tem sido o problema até aqui.
Por fim, o jornalista aponta que a pressão pelo Mundial de Clubes é um fator que não pode ser deixado de lado nas mexidas de Vítor Pereira no Flamengo. No entanto, Coutinho afirma que o Rubro-Negro não tem obrigação de vencer o Mundial, especialmente com a possibilidade enfrentar o Real Madrid.
“Passar da semifinal, porém, e fazer um bom papel diante dos merengues, dará paz para que o português possa desenvolver algo verdadeiramente autoral a partir da metade de fevereiro”, finaliza o jornalista.