País responsável por condená-lo em caso de violência sexual solicitou ao Governo brasileiro o cumprimento da pena por aqui
O caso envolvendo a possível prisão do jogador Robinho no Brasil ganhou novos capítulos, nesta segunda-feira (27), com desdobramentos que envolvem o MPF (Ministério Público Federal). Em reportagem, o portal UOL apurou a informação e confirmou a veracidade, escorado em documentos oficiais enviados nesta semana.
Conforme publicado no texto assinado pelos jornalistas Adriano Wilkson e Bruno Menezes, a instituição, na figura do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, concordou com o pedido da Itália em relação à prisão do futebolista. Com isso, entregou os quatro endereços associados ao atleta para dar prosseguimento ao processo.
No texto, a autoridade se justifica afirmando não haver “restrições à transferência da execução da pena imposta aos brasileiros natos no estrangeiro”. Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ e relatora do caso, tomou ciência dessa posição e, na sequência, entrará em contato com os advogados de Robinho.
O desenrolar para esse caso acontece pouco mais de uma semana depois do pedido da Itália em relação à prisão do jogador no Brasil tomar as manchetes dos noticiários. O ex-Santos e seleção brasileira foi condenado a cumprir nove anos em regime fechado pelo crime de violência sexual ocorrido em 2013 contra uma jovem albanesa, em Milão.
De acordo com a nossa Constituição, um brasileiro nato não pode ser extraditado, ou seja, não pode ser entregue para outro país para responder por um crime cometido fora do território nacional.
Foi pensando em uma eventual fuga para o Brasil, inclusive, que a juíza Maria Concepción Canton Martín, da Espanha, teria decretado o pedido de prisão preventiva de Daniel Alves em outro caso recente. O lateral também é acusado de crime de estupro.