O Ministério Público da Espanha decidiu se posicionar sobre o pedido de soltura do jogador Daniel Alves, nesta quinta-feira (16). Em reunião envolvendo três juízes e a defesa da suposta vítima, os representantes do atleta tentaram oferecer uma série de acordos para conseguir a sua liberdade condicional, envolvendo entrega de passaportes e até mesmo o uso de uma tornozeleira eletrônica.
Como a imprensa já havia antecipado na tarde de ontem (15), o advogado do lateral, Cristóbal Martell, se reuniu em uma sessão realizada a portas fechadas na manhã de hoje em Barcelona. Tanto o ala como a mulher que acusa o futebolista de abusá-la não chegaram a participar do encontro, mesmo que de maneira remota virtualmente, uma vez que apenas os juristas foram convocados.
A reunião aconteceu nas primeiras horas de hoje e a decisão tomada pelo Ministério Público local foi de pedir a manutenção de Daniel Alves na prisão para que o andamento do processo não seja prejudicado. Segundo informações apuradas pela imprensa na Espanha, a acusação teme que o jogador saia da prisão e acabe escapando para o Brasil em um voo particular, fugindo das autoridades, caso a liberdade lhe seja concedida.
A versão contada pela equipe de Martell, por sua vez, tentou deslegitimar a versão dos acontecimentos relatada pela suposta vítima em depoimento à Justiça. Nas provas apresentadas, destacaram que os exames médicos não apontaram lesões vaginais — sugerindo que houve consentimento da jovem no episódio observado no dia 30 de dezembro, em uma boate espanhola.
Com todas as informações em pauta, a Justiça deverá chegar a um veredito nos próximos dias em relação à manutenção da prisão de Daniel Alves ou a sua soltura condicional. Mesmo sem a condenação, a denunciante já comunicou os seus representantes sobre o seu desejo de não receber qualquer compensação financeira em caso de indenização no futuro.