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Camisa 10 do Corinthians e nas graças da Fiel, Róger Guedes poderia estar hoje em outro momento da carreira. Isso porque na entrevista concedida ao podcast Podpah, ele revelou que recusou uma proposta para assinar um longo contrato com o Porto, time que disputa ano a ano a Champions League.
Segundo o atacante do Corinthians, ele chegou a se acertar com o Porto quando estava no Atlético-MG, onde atuava emprestado pelo Palmeiras. Porém, em meio às negociações, o Shandong Luneng, da China, apareceu com um salário astronômico.
Veja o que disse Róger Guedes sobre a quase ida ao Porto e a escolha pela China:
“Vou emprestado para o Galo (pelo Palmeiras), era um dos artilheiros do campeonato. Se não me engano, em 12 jogos, fiz nove gols e sete ou cinco assistências. Estava muito bem e estava tudo certo para ir para o Porto. A China apareceu de madrugada. Viajaria dois ou três dias depois para Portugal. Era o sonho de jogar a Liga dos Campeões. Já tinha falado com o treinador na época, creio que era o Sérgio Conceição, que hoje está lá ainda. O Fábio (Santos) me enchia o saco para ficar. O Elias, o Ricardo Oliveira, todos queriam que eu ficasse. Eu estava muito feliz no Atlético-MG”, disse Róger Guedes sobre o momento que vivia no Galo naquele momento da carreira. Ele admitiu que gostaria de jogar a Champions:
“Só que tinha o sonho de ir para a Europa, jogar a Champions, já tinha falado com o treinador, ele dizia que ia ser titular, isto e aquilo. Queria muito ir. Tudo praticamente certo para ir. Às 4h da manhã, estava dormindo com a minha esposa, e um dos meus empresários liga dizendo ‘esta é a proposta (da China)’.”
Ele não escondeu a surpresa com os números oferecidos pela China.
“Perguntei se era por mês e ele disse que sim. Todo mundo que vai para a China, em primeiro lugar, é pelo lado financeiro. Sairia por muito menos, porque o país é muito bom. Tem tudo e não tem pressão de torcedor”, disse Guedes, que concluiu:
“Quando fui para a China tinha 21 anos e a minha cabeça não era tão boa como é hoje. Talvez tivesse medo de ir para o Porto e não jogar. Pensei na minha esposa, já tinha um filho, e pensei: ‘vou com contrato de quatro anos e vou voltar jovem’. E foi o que aconteceu.”
