A “seca” de Endrick no profissional do Palmeiras tem incomodado a ele próprio, já que vários torcedores e jornalistas têm “cobrado” o atacante de 16 anos, que subiu com grande expectativa ao profissional e foi peça importante na reta final do Brasileirão Série A 2022, fazendo gols decisivos para o título.
Em 2023, porém, mesmo como titular do time de Abel Ferreira, Endrick não conseguiu balançar as redes e tem sentido a pressão. Para o comentarista e ex-jogador Walter Casagrande Júnior, em sua coluna no UOL Esporte, as cobranças sobre o jovem são exageradas.
“Tudo o que se diz sobre o garoto Endrick é um grande exagero. Todos esses exageros começaram já no ano passado, quando uma parte da imprensa começou a dizer que ele era o novo Pelé”, disse Casagrande, criticando a exaltação no ano passado e agora as críticas em 2023.
Para Casagrande, a transição da base para o profissional não é simples para um jogador
Casagrande, que como jogador atuou por clubes como Corinthians, São Paulo, Flamengo, Torino e Porto, lembrou que a transição para o profissional nunca é simples, por isso Endrick tem sofrido nas últimas semanas.
“Será que achavam que era só colocá-lo nos profissionais que ele iria desequilibrar como fazia na base? Entender de futebol, de táticas, ter ótimas opiniões não significa conhecer como funciona a transição da base para o profissional”, disse o ex-jogador em sua coluna no UOL Esporte. Casagrande seguiu:
“Nesse ano, tudo isso está aparecendo, o que é normal pela idade de Endrick. São 12 jogos sem marcar, sendo dez deles nesse ano de 2023. Isso é um problema? Claro que não. Ele pode ter um futuro brilhante pela frente, realmente a expectativa é grande em torno dele pelo que vimos fazer nos jogos da base”, apontou o comentarista, antes de concluiur:
“Já demonstrou ter várias qualidades e virtudes como atacante, mas contra garotos também sem experiência como ele. Acho um grande exagero criticar o seu desempenho, cobrar gols dele e também pressioná-lo.”