São Paulo: entenda porque Galoppo, destaque em goleada contra a Portuguesa, não jogou contra o Corinthians
Meia argentino marcou dois gols no meio da última semana, mas não foi nem para o banco em derrota do Tricolor no Majestoso
A derrota do São Paulo para o Corinthians, no último domingo (29), no Morumbi, fez aumentar a pressão sobre jogadores, diretoria e, especialmente, comissão técnica. Isso porque o jogo foi marcado por algumas mudanças por parte de Rogério Ceni, e algumas opções polêmicas.
Entre as mudanças, a saída de Luciano, camisa 10 do Tricolor, do time titular. De fato, o atacante ainda vinha com dificuldades para se adaptar ao novo esquema de Ceni, mas foi o autor do gol são-paulino diante do Corinthians e teve um dos melhores desempenhos em campo.
Mas o que mais gerou dúvidas, para não dizer críticas, foi a ausência de Giuliano Galoppo, não só do time titular, mas até do banco do São Paulo. O meia argentino, contratado na última temporada em valor recorde na história do clube, foi o destaque da goleada sobre a Portuguesa, também no Morumbi, na última quinta-feira (26).
O camisa 14 entrou no segundo tempo diante da Lusa e anotou dois gols. Contra o Corinthians, a expectativa era até de ganhar uma vaga entre os 11 iniciais, mas ele sequer figurou entre as opções no banco de reservas Tricolor. Sem notícias de lesões, o que aconteceu para o meia não ser relacionado?
A resposta é simples, e burocrática: o chamado limite de estrangeiros. Com oito jogadores nascidos fora do Brasil no elenco, o São Paulo tem de revezar seus jogadores para participar da partida. E como Jhegson Méndez, Orejuela, Arboleda, Alan Franco e Calleri foram escalados contra o Corinthians — todos como titulares — Galoppo teve que ficar de fora, assim como Gabriel Neves (Ferraresi, lesionado, não tinha condições de jogo).
Ceni ‘admite’ erro em deixar Galoppo de fora em derrota do São Paulo
Na coletiva após a derrota para o Corinthians, Rogério Ceni detalhou a ausência de Galoppo do São Paulo, levando em conta, em especial, os desfalques na defesa.
“O Galoppo não joga de lateral-direito. O Méndez é volante, o Calleri é “9”, dos três zagueiros do elenco, dois são estrangeiros. Como o Galoppo não joga de lateral, eu prefiro colocar um lateral de origem. Por isso ele ficou fora, assim como o Neves. Dois jogadores que, dentro das possibilidades que temos, essa é a realidade. Claro que é triste deixar eles fora, entre os 23 eles sem dúvidas estariam. Mas aí não tem o que fazer”, contou o comandante Tricolor, que até admitiu um “erro” com a ausência do argentino.
“Talvez seja um erro nosso até, de planejamento, em ter jogadores que não podemos utilizar. Para usar o Galoppo, tenho que tirar um desses jogadores, mas não tenho lateral-direito. Essa é a realidade do momento. O Méndez, na minha opinião, foi bem na função. O Calleri é o “9”. Nem se eu quisesse deixar um zagueiro fora, eu não posso, porque só tenho três”, complementou o ídolo e treinador do São Paulo.