Rogério Ceni lamenta derrota e explica ausência de Galoppo: “Prefiro lateral de origem”

Na noite deste domingo (29), o São Paulo perdeu a invencibilidade contra o Corinthians, no Morumbi, após perder pelo placar de 2 a 1, em rodada válida pelo Campeonato Paulista. O tricolor levou dois gols no primeiro tempo, chegou até a ensaiar uma reação logo depois do gol de Luciano, mas de nada adiantou e com isso saiu de campo com o revés, para o lamento de Rogério Ceni.

“Fizemos bom jogo”, destaca Ceni

Em entrevista concedida na noite de ontem, o treinador Rogério Ceni se decepcionou com o resultado negativo e analisou a atuação da equipe. Mesmo com a derrota, ele achou que o time cumpriu bem o que foi pedido e que achou uma boa apresentação, principalmente na etapa final. O único problema a ser corrigido foi a falta de leitura durante a partida, um exemplo disso, na defesa.

“Como jogo, acho que nós fizemos um bom jogo, especialmente um bom segundo tempo. Controlamos o jogo, tivemos boas oportunidades de gol. Acho que o adversário foi mais assertivo, teve seus méritos nas duas jogadas. Tivemos uma leitura errada, mas serve para aprendizado. Podemos ter chance de encontrar o Corinthians ainda à frente. Muito ruim o resultado, claro, perder um clássico para um dos grandes rivais com 55 mil pessoas aqui, mas vislumbrando um futuro dá para tirar coisas boas, se conseguirmos chegar à fase decisiva no campeonato”, pontuou o ídolo tricolor.

Rogério fala da falta de Galoppo

Sobre a ausência de Galoppo nos onze iniciais, Rogério Ceni disse que preferiu repor um lateral de origem para jogar na posição. Ele ainda questionou acerca do planejamento da temporada que segundo ele, não foi o correto. Por causa do regulamento do Paulistão, em que só podem relacionar cinco jogadores estrangeiros, o elenco são paulino contém 8 jogadores fora do país. Por isso que três ficaram de fora dos relacionados, um deles estava o argentino.

“Galoppo não joga de lateral-direito, Mendez que é volante, Calleri que é 9, dois zagueiros. Como o Galoppo não joga de lateral, eu prefiro algum lateral de origem. É a realidade. Claro que é triste você deixar o Galoppo e Neves fora, agora não tem como. Aí foi talvez um erro nosso de planejamento de ter esses jogadores e não poder utilizá-los. Essa é a realidade do momento. Não é porque a gente não queira levar o atleta, mas sim pela necessidade da posição”, questionou Rogério Ceni.

Sobre as vaias para o Orejuela

Por fim, Rogério Ceni também falou sobre as vaias ao lateral Orejuela, que foi substituído no intervalo por causa da baixa atuação no primeiro tempo. De acordo com o treinador, isso é normal e que o jogador precisa lidar com essa reclamação da torcida. Ainda mais que não tem outra alternativa de reposição, por conta dos desfalques e pede paciência aos torcedores que o vaiaram.

“Isso é uma coisa que a gente não controla. A substituição foi um pouco pelo lado psicológico do jogador, depois de ser vaiado durante boa parte do fim do primeiro tempo. O Caio Paulista é um improviso, logicamente, na lateral-direita, não tenho como negar. Infelizmente temos todos os laterais-direitos lesionados. Mas era um jogador mais ofensivo, precisávamos desse 1 contra 1, por pouco o David não empata o jogo. Ele vai ter que ser forte e jogar outras partidas, sim. Não temos outros laterais. Entendo o torcedor ser incompreensível e tomar a decisão de vaiar dentro do jogo. É sempre mais difícil para um atleta jogar com vaias, mas vai da parte psicológica e mental dele de se concentrar, porque ele tem que jogar. Temos uma semana, não voltam nenhum dos laterais. Ele vai ter sequência de jogos. Tem que ajudar, é atleta do clube. Ele tem de ter força mental e nós temos tem que ajudá-lo a que ele complete os jogos, produza algo para que inverta esse sentimento do torcedor”, concluiu Rogério Ceni.

O São Paulo esquece um pouco a derrota no clássico e agora terá uma semana para se concentrar na próxima partida pelo Paulistão. No domingo (5), o Tricolor viaja até o ABC Paulista e encara o Santo André, no Estádio Bruno José Daniel.