Processo envolvendo Daniel Alves pode se arrastar nos tribunais e durar longo período
Defesa do jogador está tentando obter habeas corpus, mas liberdade provisória depende de reunião de provas
Preso na Espanha, Daniel Alves aguarda para saber se uma possível saída da cadeia será autorizada pela Justiça. Acusado de estupro, o lateral-direito ficou detido como medida cautelar, já que poderia deixar o país. Ainda que o processo esteja no início, existe uma forte tendência que a sentença final demore para ser conhecida. Caso seja condenado em primeira instância, a defesa do jogador pode recorrer no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha e no Supremo.
Neste cenário, levando em conta casos semelhantes, Marco Esteban, diretor de um escritório de advocacia criminal em Barcelona, projetou o tempo para o veredito final. Na visão do profissional, o julgamento de Daniel Alves tem chances de durar três anos. Enquanto os fatos estão sendo apurados, os advogados do atleta tentam reunir provas para que o tribunal autorize o habeas corpus.
“Agora, a prioridade é conseguir um recurso contra a ordem de prisão. Esse é o primeiro passo que a defesa certamente dará. Caso tenha reunido alguma informação ou prova nova, ela pode apresentar ao mesmo juiz que expediu o mandado de prisão para tentar a liberdade”, afirmou Esteban ao jornal La Vanguardia.
Daniel Alves foi transferido para um outro presídio nesta segunda-feira (23).
— Goleada Info (@goleada_info) January 23, 2023
De acordo com a imprensa espanhola, o lateral de 39 anos deseja dar um novo depoimento sobre a acusação de agressão e estupro de uma mulher na Espanha.
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De acordo com a legislação espanhola, a pena para agressão sexual vai de 4 a 12 anos de prisão. Como existe uma cautela para que todos os cenários sejam analisados, Daniel Alves terá que aguardar mais alguns dias para que o pedido de liberdade seja analisado e respondido.
“O Tribunal na Espanha pode levar semanas para responder a um pedido de liberdade. O aconselhável, nesses casos, é armar-se de paciência. As coisas não costumam andar rápido. O juiz é obrigado a ouvi-lo sempre que pedir para qualificar ou dar uma nova versão dos fatos imputados”, afirmou o advogado.