Um dos clubes mais tradicionais do futebol paulista e brasileiro, voltou a ser leiloado pela segunda vez, nesta segunda-feira (9). Entretanto, com um lance inicial de R$ 90 milhões, o São Caetano não atraiu nenhum investidor para registrar uma oferta.
O primeiro leilão foi ainda em dezembro de 2022, também sem sucesso. Dessa forma, uma terceira tentativa está marcada para o dia 16 de fevereiro. A venda que engloba apenas o futebol e não o clube social (Associação Desportiva São Caetano), terá o pedido inicial reduzido para R$ 60 milhões.
A princípio, o objetivo da diretoria paulista é vender o clube para exercer o pagamento de dívidas trabalhistas, fiscais, judiciais e afins. A pendência atual, de acordo com a gestão do clube, corresponde aos R$ 90 milhões do arremate inicial. Alguns potenciais investidores aparecem como interessados, contudo, ainda sem propostas.
Além disso, vale lembrar que o São Caetano não aderiu a SAF (Sociedade Anônima do Futebol). A equipe é uma Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), pertencente ao empresário Manoel Simão Sabino Neto, que cumpre prisão domiciliar.
O Estádio Municipal Anacleto Campanella, onde o Azulão manda seus jogos, pertence a prefeitura de São Caetano do Sul. Portanto não está incluído na negociação pela venda do clube.
São Caetano e anos 2000
Fundado em 1989, o São Caetano começou a acumular bons resultados desportivos nos anos de 1991 e 1998, conquistando o Paulistão A-3, correspondente a terceira divisão do estadual. Entretanto, foram nos anos 2000 que o Azulão viveu seu auge. Logo no início do século, a equipe do interior paulista alcançou duas vezes um vice-campeonato no Brasileirão Série A.
Em seguida, ainda viria o grande feito do clube, sendo vice-campeão da Copa Libertadores 2002, perdendo apenas o jogo da volta na decisão. No ano seguinte, sob comando de Tite, ex-seleção brasileira, terminaria o Brasileirão na terceira colocação. Ainda conquistando o Paulistão de 2004, com Muricy Ramalho.