Dono do Valladolid, Ronaldo sai em defesa de Vinícius Júnior após ato racista da torcida
Ronaldo colocou o clube à disposição das autoridades para investigar a agressão sofrida pelo atacante brasileiro do Real Madrid
A partida entre Valladolid e Real Madrid registrou mais um caso de racismo contra o brasileiro Vinícius Júnior, no campeonato espanhol. Desta vez, porém, o atacante ganhou o apoio do dono da equipe, Ronaldo.
O Fenômeno afirmou que irá abrir as portas do clube para que a polícia espanhola consiga identificar os autores da agressão e assim serem punidos pelo crime cometido.
“Lamentável, repugnante, vergonhoso, inadmissível. Racistas e xenófobos não nos representam. Vini Jr, todo meu apoio, respeito e carinho. O Real Valladolid está à disposição das autoridades para colaborar na investigação para que os responsáveis sejam afastados do clube”, afirmou.
Ronaldo ainda disse que o Valladolid não irá permitir insultos racistas contra jogadores de outros times e que esse tipo de ação não representa a totalidade dos torcedores da equipe que comanda.
“Não vamos permitir insultos racistas em nossa organização porque nossos torcedores não são assim e essas pessoas não nos representam”, explicou.
Torcida xingou Vinícius Júnior
O caso ocorreu na partida entre Valladolid e Real Madrid, na última sexta-feira (30), que acabou com vitória dos Merengues, por 2 a 0. Aos 42 minutos do segundo tempo, Vinícius Junior foi substituído e a torcida do time da casa começou a xinga-lo de “negro de merda” e “macaco”, além de imitarem sons do animal.
A Liga Espanhola abriu dois inquéritos de investigação, um no Tribunal de Instrução de Valladolid e outro no Comitê de Competições da federação espanhola de futebol (RFEF) e na Comissão Estatal contra a Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte, respectivamente por crime de ódio e insultos racistas.
“LaLiga incrementará os esforços que realiza de forma contínua para erradicar qualquer tipo de violência, racismo ou xenofobia, dentro e fora dos estádios. Para isso aumentará o número de oficiais de integridade presentes nos encontros com risco de produção de insultos racistas”, explicou a entidade em nota.