Home Futebol Coritiba tem “jogo das mulheres” no Couto Pereira e entra para a história; veja detalhes

Coritiba tem “jogo das mulheres” no Couto Pereira e entra para a história; veja detalhes

Estreia do Coxa teve apenas mulheres e crianças de até 12 anos por determinação do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná

Daniel Linhares
Daniel Linhares é um jornalista que atua como editor e redator de esportes, especialmente de futebol masculino. Formado na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), é bacharel em Comunicação Social: Jornalismo desde 2018 e trabalhou anteriormente como redator em agência de publicidade. Atualmente no Torcedores.com.

O Coritiba fez sua estreia na temporada 2023 no último domingo (15), diante do Aruko, no Couto Pereira, pelo Campeonato Paranaense. No entanto, a vitória por 1 a 0 do Coxa acabou ficando em segundo plano devido a outro fato. Por determinação do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná, somente mulheres e crianças de até 12 anos puderam ir ao estádio.

A determinação do TJD veio por conta de uma briga generalizada entre torcedores do Coritiba e do Athletico no Campeonato Paranaense de 2022. Ao invés de inverter mando ou determinar portões fechados, a Justiça determinou de maneira inédita a proibição de público masculino em partidas dos rivais.

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O ingresso poderia ser trocado por 1 kg de alimento e levou ao Couto Pereira um público total de 8.871 presentes, sendo totalmente de mulheres e crianças. A presença de público exclusivamente feminino e infantil foi celebrada por torcedores presentes.

“Já fui em muitos jogos, mas esse foi único. Foi o primeiro jogo da minha vida em que eu consegui torcer livre. Torcer sem sofrer assédio foi o mais emocionante, vi várias mães amamentando” afirmou Bárbara Villa Otto, bacharel em Direito, em entrevista publicada no portal UOL Esporte.

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Jaíne Bianco, outra torcedora que teve entrevista publicada no portal UOL Esportes, relatou que: “Foi uma experiência importante. Me senti mais segura, confortável e a vontade. Espero que o Coxa faça isso mais vezes, e incentive os outros clubes, não para que haja uma ‘separação’ de público, mas para que as mulheres se sintam mais confortáveis e incentivadas a frequentar um local onde a predominância é masculina”.

A proposta de permitir apenas mulheres e crianças de até 12 partiu dos clubes, Coritiba e Athletico, e foi acatada pelo TJD. Assim, a “punição” do Coritiba já foi cumprida, enquanto o Athletico ainda deve realizar as duas partidas determinadas pela Justiça.

Coritiba e Athletico veem que a medida foi um sucesso e pretendem debater outras ações do tipo, com a intenção de que essa torcida que não iria em uma partida normal possa retornar mais vezes. Segundo reportagem publicada no UOL Esporte, o TJD do Paraná também acredita que a ação foi bem-sucedida e espera que se espalhe por outros tribunais do país.

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