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Casagrande volta a criticar jogadores por silêncio em caso Daniel Alves: “Omissão e conivência”

Lateral que disputou a Copa do Mundo 2022 pela seleção brasileira foi preso na Espanha por suposto caso de violência sexual

Por Wemerson Ribeiro em 25/01/2023 15:58 - Atualizado há 11 meses

Divulgação UOL e Lucas Figueiredo/CBF

O ex-futebolista Walter Casagrande voltou a criticar a classe de jogadores, desta vez por um episódio recente envolvendo o lateral Daniel Alves, de 39 anos. Ele já havia disparado contra os atletas pelo silêncio no caso do atacante Robinho, condenado na Itália a nove anos de prisão por abusar sexualmente uma jovem em Milão, em 2013.

A denúncia mais recente que jogou o lateral para fora das manchetes esportivas foi feita por uma mulher que acusa o brasileiro de forçar uma relação no banheiro de uma boate, em Barcelona. Ele já prestou três depoimentos à Justiça com versões diferentes do ocorrido e teve a prisão preventiva decretada na semana passada.

Caso Daniel Alves e as críticas no Mundial

Para Casagrande, o episódio é mais um exemplar de como a classe de jogadores é capaz de se unir para atacar determinado alvo e se calar quando é diretamente atingida. Vale lembrar que o comentarista recebeu uma enxurrada de críticas de ex-atletas pelos posicionamentos publicados em sua coluna sobre a Copa do Mundo 2022.

“Quando critiquei o péssimo comportamento dos pentacampeões lá no Catar, eles se uniram contra mim para tentar desqualificar as minhas opiniões […] Banquei e banco o que falo sobre eles. No entanto, eles se calam em relação ao estuprador Robinho, que anda livre pelas praias, e agora novamente se calam sobre o caso Daniel Alves.”

Casagrande lembrou ainda do caso do goleiro Bruno, condenado pela morte da ex-mulher Eliza Samúdio, em 2010, e disse ser “absurdo” o debate em torno da sua volta aos gramados. “Não se pode mais passar pano para ninguém que comete o crime de estupro, seja ele quem for”, comentou o colunista do UOL.

O ídolo do Corinthians encerrou o texto chegando à conclusão de que a postura observada na classe em casos como o de Daniel Alves e de Robinho pode passar uma mensagem negativa: “Código do silêncio com crimes é omissão e conivência. Vocês irão ficar calados até quando?”.

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