Em entrevista à TV Fórum, Casagrande condenou o código de silêncio dos jogadores em casos que outros atletas estão na mira da Justiça. Dessa forma, após citar as situações de Robinho e Daniel Alves, o ídolo do Corinthians condenou o fato do racismo envolvendo Vinícius Júnior, vítima de preconceito na Espanha, ter sido ignorado pelos boleiros.
Neste cenário, Casagrande recordou que virou alvo de críticas dos pentacampeões do mundo. Agora, quando um compatriota precisa de apoio, os mesmos nomes que protagonizaram uma corrente de ódio se encontram calados.
“O Vinícius Júnior está sendo atacado com racismo na Espanha, fizeram um boneco enforcado com o nome dele, e não tem um jogador de futebol que saiu em defesa do Vinícius Júnior. Não tem um grupo que se une, como os pentacampeões se uniram contra mim durante a Copa, porque estavam pagando de dirigentes de um Emir ditador. Não é como cobrar uma prisão do Robinho ou uma verdade do Daniel Alves. Nesse caso não tem porque ninguém falar nada. Qual o motivo dos jogadores ficarem calados? Você vê uma postagem sobre voltar a namorar, de estar na praia… e o Vinícius Júnior sendo atacado covardemente. Colocar o cara enforcado é uma ameaça.“, disse Casagrande.
Em Madrid, Ultras do Atlético de Madrid penduraram pelo pescoço um boneco com a camisa de Vinícius Júnior, como se estivesse sendo enforcado
— HTE Sports (@HTE__Sports) January 26, 2023
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Na sequência, Casagrande destacou que a mídia esportiva também possui culpa por silenciar assuntos vistos como polêmicos. Sendo assim, caso fosse repórter, o comentarista afirmou que “tocaria na ferida” para cobrar um posicionamento claro.
“Isso me incomoda muito porque é um código de silêncio. É um código de silêncio velado. A imprensa esportiva tem muita responsabilidade porque ninguém pergunta. Se eu estou em uma coletiva, eu pergunto sobre o Robinho estuprador andando na praia. Não se toca no assunto.“, afirmou.