O comentarista Walter Casagrande rebateu as críticas por não ter ido ao velório do Pelé, nesta semana, e revelou o motivo de não ter comparecido no último adeus ao Rei do Futebol. Ele foi um dos maiores críticos dos ex-jogadores e ídolos do esporte nacional que não tiraram um tempo na agenda para se despedir do tricampeão, em Santos.
O evento foi sediado na Vila Belmiro, estádio que foi palco de alguns dos momentos mais geniais da lenda ao longo de sua carreira no litoral de São Paulo. Dentre as principais personalidades que foram ao local, destacaram-se o presidente da Fifa, Infantino, o da República, Lula (PT), e do apresentador Craque Neto, da Band.
O comandante do Os Donos da Bola, inclusive, reforçou o coro levantado nas mídias sociais contra os ídolos da seleção que não foram ao velório de Pelé. Em fala à imprensa, disse que o país “não tem educação” e explicou elencando as ausências da “turma do penta”, bem como do ex-técnico do Brasil, Tite.
Mas as mesmas críticas que Casagrande ajudou a repercutir em sua coluna no UOL Esporte voltaram contra ele pelo mesmo motivo. Em resposta, o ex-jogador do Corinthians deu entrevista exclusiva ao SportBuzz e detalhou os motivos pelos quais deixou de dar suporte presencial à família do Rei do Futebol na Vila Belmiro.
Casagrande explica ausência no adeus a Pelé
“Todo mundo sabe que sou dependente químico, fiquei internado um ano. (…) Eu não corro risco de recaídas para drogas, mas corro riscos de recaídas emocionais. No tratamento que tenho hoje, uso antidepressivo, ansiolítico, antipsicótico e estabilizador de humor”, contou o comentarista na conversa com o site.
Casagrande afirmou ainda que não costuma lidar bem com o luto e, por isso, deixou de dar adeus ao próprio pai, falecido em 2020, da mãe e do amigo Sócrates. Ele citou ainda as mortes dos ídolos Gal Costa, Rolando Boldrin e Jô Soares, todas acontecidas em 2022: “Não é uma justificativa, é uma realidade dos fatos”.