Zico reprova homenagem para exaltar legado de Pelé: “Eu não acho legal”
Galinho acredita que possível mudança após morte do Rei do Futebol vai causar injustiça para gerações futuras
Em entrevista ao programa Seleção SporTV, Zico comentou a possibilidade do Santos aposentar a camisa 10, algo que foi cogitado na seleção. Como fez história com o número pelo Flamengo e também teve a oportunidade de ocupar o posto de responsabilidade no Brasil, o Galinho acredita que a homenagem vai acabar prejudicando outras gerações, tendo em vista que ele teve a oportunidade de valorizar o legado do Rei em campo.
“Não sou muito favorável não porque eu acho que isso é uma referência para o atacante, é um prazer muito grande você poder usar a camisa do cara que você admira, um cara que foi importante.“, disse.
“Eu sempre fui contra essa questão de aposentar as camisas, tem muito feito para o clube, para as entidades, mas eu não acho legal, porque se tivessem feito isso, eu um dia não teria o prazer de vestir a camisa do Rei Pelé.”, completou.
O presidente do Santos Andrés Rueda disse que, em primeiro momento, o clube não usará a camisa 10 a partir de janeiro.
— Esportudo – O esporte acontece aqui! (@EsportudoBR) December 30, 2022
Mandatário deverá propor a aposentadoria ao Conselho em reunião como forma de homenagear o Rei Pelé.
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Na sequência, Zico afirmou que outros jogadores, mesmo se chegar no nível de Pelé, podem fazer história com a camisa 10. Pelo lado do Santos, o clube irá suspender a utilização do uniforme com o número a partir de janeiro. Sendo assim, caso ocorra aprovação dos conselheiros e associados, a decisão será definitiva.
“Acredito que muitos jogadores que não vão jogar no nível do Pelé, mas fizeram história no futebol. Imagina se o pessoal ficasse tirando tudo que é número, que é camisa. Eu senti isso, ainda bem que a 10 da Seleção já estava mais amaciada pelo Rivellino quando eu peguei, não foi direto do Pelé. Mas tiveram outros que sofreram com a camisa e comparações. Se você não tiver a cabeça boa, não consegue. É muita pressão em cima. O jogador tem que saber conviver com isso. Então, eu não sou a favor da aposentadoria de número de camisa, não.“, pontuou.