Ronaldo abre o jogo, diz que Romário o influenciou sobre treinos e desabafa: “Achavam que dava migué”
Fenômeno disse que brigou com vários profissionais da área durante a carreira de atleta
Ronaldo Fenômeno foi um dos que brigou com preparadores físicos na carreira por discordância nos treinamentos. Anos após deixar o futebol profissional, o craque disse em entrevista ao Podpah que estava certo no que pensava sobre os trabalhos físicos que fazia.
Ele foi questionado na entrevista sobre um problema que teve com Héctor Cuper, ex-técnico da Inter de Milão, e sua comissão técnica, que colocava os jogadores para correrem 10 quilômetros em treinos físicos. A briga foi relatava no documentário “Ronaldo, o Fenômeno”, do Globoplay.
“Eu favala isso, discutia com os preparadores físicos da época, mas não tinha base científica para sustentar o que eu estava falando. Se eu falasse: ‘não vou correr 10 quilômetros porque isso não me ajuda, me atrapalha, me cansa’. No meio do futebol achavam que eu estava dando migué para não correr”, disse Ronaldo sobre o assunto.
“Eu preferia fazer treinos curtos, de velocidade, era onde eu tirava proveito da minha condição física. Não tinha que correr 10 quilômetros igual Cafu e Roberto Carlos. Tinha que ser rápido em 10, 15, 20 metros.”
Ronaldo e a influência de Romário para questionar
O Fenômeno admitiu que o jeito de Romário lidar com o mesmo assunto e de buscar seus próprios treinamentos o fizeram adotar postura parecida.
“Isso o Romário me influenciou muito. Eu via ele treinando e ele não fazia treino de longa distância. Igual a mim, ele também não tinha sustentação científica para bancar a tese dele, mas ele bancava na marra. Falavam que ele era preguiçoso, marrento, e ele falava”, elogiou Ronaldo, que não escondeu a admiração pelo jeito de Romário se posicionar.
“Isso faz todo sentido. Eu briguei com um monte de preparador físico. Nós treinávamos muito errado. Hoje os trabalhos são todos individualizados.”