A Ferrari começou a temporada de 2022 da Fórmula 1 prometendo muito e terminou não entregando nada. Com esse cenário, era previsto que Matia Binotto saísse, o que de fato acabou ocorrendo após o fim da temporada. E alguns nomes já são ventilados nos bastidores.
Segundo o site Grande Prêmio, alguns possíveis candidatos são o atual chefe da Alfa Romeo, Frédéric Vasseur; o chefe de equipe da McLaren, Andreas Seidl; e até mesmo o ex-projetista e um dos grandes nomes da era Michael Schumacher no time de Maranello, Ross Brawn.
Mas a grande possibilidade pode cair sobre o nome de Vasseur. O jornal italiano Gazzetta dello Sport já havia ventilado que o chefe da Alfa já teria até sido procurado pela Ferrari. Além disso, o time dirigido pelo francês tem uma ligação corporativa com o time de Maranello. Não seria surpresa se fosse parar lá.
A Alfa Romeo encerrou o campeonato na 6ª posição no mundial de construtores da categoria. O time atingiu 55 pontos, sendo o GP da Emília Romagna como o melhor momento do time, quando somou 12 pontos. No Canadá, o time também foi bem, totalizando dez pontos. Porém, após a etapa canadense, seguiu uma série de seis provas sem pontuar.
A Alfa só voltou a pontuar no Grande Prêmio da Itália, em Monza. Mas assim mesmo penou: conquistou um mísero ponto. Depois disso, cambaleou até o final da temporada, marcando somente mais um ponto no México e mais dois no Brasil.
F1: Binotto sai após 28 anos de carreira
Binotto deixa a Ferrari após 28 anos trabalhando no time de Maranello. O engenheiro italiano havia ingressado na companhia em 1995. Sempre trabalhando com motores, começou sua carreira no time italiano como engenheiro de testes.
Ocupou papel semelhante entre 1997 e 2003. Depois, passou à função de engenheiro-chefe e ajudou no desenvolvimento do KERS – unidade de recuperação de energia de motores, introduzida em 2009. Em seguida, juntou-se à diretoria de operações de unidades de potência com o advento dos propulsores turbo híbrido a partir de 2014.
Em 2016, foi escolhido diretor técnico no lugar de James Allison. Mas o seu grande momento veio em 2019, quando a Ferrari demitiu Maurizio Arrivabene e colocou Binotto em seu lugar. Arrivabene foi apontado como o responsável pela perda de dois campeonatos consecutivos, em 2017 e em 2018, ambos com Sebastian Vettel.
Agora, em 2022, após um bom começo, a Ferrari veio encalhando ao longo do ano. Charles Leclerc conseguia marcar diversas pole-positions, mas nas corridas, via de regra, a equipe se perdia nas estratégias ou até mesmo no acerto do carro. O que custou na brutal queda de rendimento a ponto de ser ameaçada no fim do ano pela outrora capenga Mercedes.
Sem mágoas
Os pilotos da Ferrari, Carlos Sainz e Leclerc agradeceram publicamente a Binotto, após a saída do agora ex-chefe. O espanhol fez uma publicação em seu Twitter dizendo que “foi um prazer” ter trabalhado junto com Binotto. E cita grandes momentos e grandes memórias nesse tempo.
Em nota, a Ferrari agradeceu os 28 anos de contribuição de Binotto e informou que deverá escolher seu novo chefe para a F1 até o fim deste ano. “Gostaria de agradecer a Mattia por suas muitas e fundamentais contribuições ao longo dos 28 anos que passou na Ferrari e, em particular, por seu trabalho que levou a equipe a ser competitiva novamente na temporada passada”, escreveu Benedetto Vigna, CEO da Ferrari no comunicado.