Charles Leclerc continuou acreditando no título mundial da F1 2022 por um longo tempo, mas acabou tendo que ver Max Verstappen ganhá-lo. O monegasco, portanto, é muito crítico consigo mesmo e com a Ferrari, que esta semana desligou-se de Mattia Binotto.
”Eu acreditei até o final da temporada. Você tem que fazer isso. Nas primeiras corridas, eles [Red Bull] tiveram algumas atualizações que os colocaram um pouco à nossa frente. Porém, a parte frustrante veio quando fizemos um upgrade e tínhamos o carro mais rápido da F1. As novas peças em Barcelona nos impulsionaram, mas não aproveitamos quase nada, pois o motor quebrou; depois, em Mônaco cometemos um erro de estratégia; a próxima falha de motor ocorreu em Baku; além disso, houve penalidade do motor no Canadá…”, disse Leclerc para a Auto, Motor und Sport.
Então, em um momento em que a Scuderia estava forte, não conseguiram contudo marcar pontos. ”Foi ladeira abaixo. O ritmo estava lá para ganhar corridas, mas não entregamos. Isso foi difícil de aceitar”, acrescentou.
E, no entanto, para a Ferrari e Leclerc este ano da Fórmula 1 dificilmente poderia ter começado melhor. Das três primeiras corridas, o piloto venceu duas, terminando também em segundo na outra. Enfim parecia haver esperança de troféu novamente; mas no final a Red Bull Racing e Verstappen ficaram com os dois títulos nas mãos.
Charles Leclerc afirma que ‘diz o que pensa’ na Ferrari; Binotto desligou-se da equipe de F1 esta semana
O próprio Leclerc tampouco permaneceu impecável. Na liderança do GP da França, ele saiu da pista devido a um erro seu, entregando a vitória a Verstappen. Foi, aliás, um ponto de virada para o holandês na temporada. O ferrarista manteve a boca fechada externamente, mas internamente criticou a equipe de Binotto.
”Sim, somos autocríticos. E eu faço parte disso. Sou muito crítico dentro da equipe. Não sou um motorista que critica duramente em público. Mas em reuniões internas eu a conduzo para frente. Esse é o meu trabalho na F1. Se eu cometer erros, eu os resolvo. Se o time errar, tem que estar na mesa. Tenho que poder dizer o que penso”, conclui Leclerc.
A partir de 2023, porém, terá que ser em parceria com outro chefe, já que Mattia Binotto anunciou sua saída da Ferrari. Houve rumores de que ele e Leclerc não se falavam havia meses; mas ambas as partes negam. Assim, Frederic Vasseur está na pole para substituir Binotto – um conhecido do monegasco. Os dois já trabalharam juntos com sucesso na Sauber.