Era a temporada de 2000 da Fórmula 3000 (atual Fórmula 2) e um brasileiro foi campeão ao final daquele ano. O nome dele? Bruno Junqueira. O mineiro corria pela Petrobrás Junior Team que, naquela época, fazia parte dos investimentos da empresa brasileira no automobilismo.
Esse tinha sido o último título do Brasil, até Felipe Drugovich quebrar o jejum na última temporada da F2 em 2022.
“Espero que o Felipe acabe encontrando um caminho para no futuro correr de Fórmula 1 que eu acho que ele tem toda a qualidade do mundo para estar na Fórmula 1. Acho que ele está entre os 20 melhores pilotos, tem qualidades técnicas e mentais para isso. Além disso, ainda tem até apoio de empresas brasileiras, o que é muito legal. Então ele tem o pacote perfeito para estar correndo na Fórmula 1”, elogiou Junqueira em entrevista ao Grande Prêmio.
“Eu já falei algumas vezes, mas muitas pessoas falam que ‘ah, mas ele ganhou o campeonato no terceiro ano e aí é mais fácil’. Vai lá então. Te dou cinco anos para ganhar o campeonato. É difícil de qualquer jeito”, reforça.
O “quase” na Williams
O fato é que Bruno chegou lá. Com o título da categoria de base, ele foi alçado a piloto de testes da Williams, que recebia gasolina da Petrobrás. Só faltou guiar um F1 em um fim de semana de corrida. O que ficou no “quase”.
“Se eu pudesse voltar no passado, eu queria ter feito ao menos uma corrida de Fórmula 1. Lembro que o Ralf Schumacher machucou a perna em Mônaco e eu fui para Montreal para correr. E o Ralf foi ‘just in case’. E aí chegou lá, sexta de manhã ele fez um teste, ‘ah, acho que dá, acho que dá e vou tentar’. E acabou fazendo o final de semana”, relembra.
Carreira nos EUA
Com as portas “fechadas” na Europa, o jeito foi migrar para os EUA e tentar a sorte na Fórmula Indy, em 2001. Com o antigo nome de Champ Car. Lá ele correu por equipes tradicionais como Chip Ganassi e Newman Haas, rendendo a ele três vice-campeonatos.
“Eu tive grandes momentos na Indy. Ter conseguido o vice-campeonato três vezes foi bom e duro ao mesmo tempo, principalmente 2003 e 2004, que foram até a última corrida.”, finaliza na mesma entrevista.