Copa do Mundo 2022: comentarista estrangeiro defende danças na seleção brasileira: “faz parte da cultura”
Ex-jogador rebateu críticas de astro irlandês
Na última segunda-feira (5), a seleção brasileira goleou a Coreia do Sul por um placar de 4×1. No entanto, novamente as danças em meio a comemoração e jogadas irreverentes, receberam críticas na mídia internacional.
O ex-jogador do Manchester United, Roy Keane, voltou a polemizar criticando a comemoração do Brasil. Hoje comentarista, o irlandês também condenou a atitude do treinador Tite, que comemorou o gol junto com Richarlison e demais jogadores, imitando um pombo.
“Eu acho que dançar desse jeito toda vez que marca um gol é desrespeitoso. Não ligo de fazerem a primeira ‘coreografia’, ou o que seja, para o primeiro gol, mas não toda vez. É desrespeitoso. Até o treinador está no meio. Eu não gosto disso”, disse Roy Keane.
Entretanto, outro lado da imprensa internacional rebateu a postura do ídolo dos Red Devils. Alejandro Moreno, ex-jogador da Seleção da Venezuela e que hoje trabalha na ESPN americana, disse que as danças fazem parte da cultura brasileira. Além disso, o comentarista citou sua própria experiência contra a seleção brasileira.
“Vou te contar uma história rápida sobre o Brasil. Eles (seleção brasileira) nos destruíram na Venezuela pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Ambas equipes estavam na pista do aeroporto esperando as malas para embarcar no voo para a próxima partida das Eliminatórias. Adivinhe o que eles estavam fazendo? Dançando! Então eles dançam antes de vencer, dançam quando vencem, dançam depois de marcarem gols. Faz parte da cultura deles”.
Por fim, Alejandro Moreno deixou um recado para as críticas com relação a “dança brasileira”
“Se você não gosta, não precisa assistir, eu não me importo. Porque eles conquistaram o direito de comemorar o gol do jeito que eles quiserem comemorar. Se você não quer que o Brasil dance, não deixe eles fazem gols, boa sorte com isso”, finalizou Alejandro.
Paquetá responde
Lucas Paquetá também defendeu a comemoração nos gols da seleção brasileira e garantiu que vai seguir essa linha.
“Acho que a dança é o símbolo, a gente simboliza a alegria de marcar o gol, a gente não faz para desrespeitar, a gente não vai na frente de adversário, a gente não faz nada. A gente se reúne, todos estão ali, e a gente comemora porque é o nosso momento. A gente fez o gol e o Brasil está comemorando. Se ele não gosta, não tenho muito o que fazer por ele. Se a gente fizer gol a gente vai continuar comemorando dessa forma”, afirmou o meia da seleção.