A Copa do Mundo no Catar é polêmica por diversos fatores. Algumas federações planejaram realizar campanhas em apoio à Comunidade LGBTQIA+, como Inglaterra e Bélgica, mas foram proibidas pela Fifa. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (21), Richarlison se posicionou sobre questões importantes da sociedade e ressaltou o apoio às causas.
“Temos que respeitar a opinião de cada time. Não sei se vão vestir o bracelete (de capitão) aqui ou fazer algo contra o racismo. Apoio qualquer situação “, disse Richarlison ao ser questionado sobre o veto da Fifa ao emblema da campanha ‘One Love’.
A Bélgica, que estreia na Copa do Mundo nesta quarta-feira (23), contra o Canadá, foi proibida de usar a camisa com a palavra ‘love’ (amor, em inglês) nas cores do arco-íris, em alusão aos direitos LGBTQIA+. Antes disso, a principal entidade do futebol já havia sinalizado contra a Inglaterra, Alemanha, País Gales e Dinamarca, que estavam com planos de utilizar braçadeiras em protesto anti-discriminação. A Fifa ameaçou punir os capitães com cartão amarelo caso o protesto seguisse adiante.
Richarlison, que sempre se pronunciou sobre assuntos pertinentes, prosseguiu: “Hoje vivemos em um mundo muito perigoso onde você não pode ter opinião. Seja contra o racismo ou a favor do movimento LGBT, apoio qualquer uma das duas causas”, disse o atacante do Tottenham.
Federações da Europa tentam se mobilizar para apoiar causas importantes de alguma forma. Vale lembrar que o homossexualismo é crime no Catar. Bernd Neuendorf, presidente da DFB, confederação da Alemanha, se manifestou da seguinte forma:
“Estamos muito frustrados com a decisão da Fifa. Escrevemos à Fifa em setembro sobre nosso desejo de usar a braçadeira para apoiar ativamente a inclusão no futebol e não recebemos resposta. Nossos jogadores e treinadores estão desapontados, eles são fortes defensores da inclusão e mostrarão seu apoio de outras maneiras”, garantiu ele em comunicado.
“Camisa 9 tem que marcar gols”, diz Richarlison
“Quando você veste a camisa 9, a primeira coisa que vem na cabeça é fazer gols. Acho que com esses companheiros que tenho no ataque, creio que os gols vão sair naturalmente”, afirmou o atacante da seleção brasileira.
“Na última Copa, a gente viu o esforço do Gabriel Jesus, o papel importante que ele fez para a equipe, mas a cobrança vem porque ele era o 9 e o camisa 9 tem que marcar gols. Levo a cobrança como normal”, completou Richarlison.