Lewis Hamilton afirma que o sucesso na F1 que a Mercedes desfrutou nos últimos anos se deve muito ao jeito de liderança de Toto Wolff e à cultura que ele incutiu na organização. As Flechas de Prata conquistaram oito títulos consecutivos de construtores entre 2014 e 2021; além disso, levaram o título de pilotos em cada uma dessas campanhas, exceto em 2021.
Embora não tenham tido os mesmos resultados este ano, lutaram para ameaçar a Red Bull em eventos mais recentes. Por outro lado, a Ferrari começou bem com duas vitórias nas três primeiras corridas, mas caiu de rendimento desde as férias. A duas prova do fim da F1 2022, a Scuderia está em segundo lugar no campeonato de construtores, apenas 40 pontos à frente da Mercedes.
“Ao contrário do início do ano, quando eu disse que não cometemos erros, somos humanos e claramente cometemos. A Ferrari também tem pessoas que estão lá há mais de 20 anos; nós de fato temos naturalmente, eu acho, muita força. Temos um grande líder, temos um apoio incrível do conselho da Daimler, que são todos pilotos apaixonados”, disse Hamilton.
“Então, creio que o principal é o grupo de pessoas – simplesmente há uma ótima comunicação em toda a equipe. Toto [Wolff] está muito focado como líder para realmente elevar as pessoas. Não conheço nenhum outro chefe, com quem trabalhei na F1 pelo menos, que vá e diga ‘ei, como estão as coisas em casa? Como posso apoiá-lo melhor para que você tenha mais tempo com sua esposa, ou seu marido, ou com seu parceiro, com os filhos, para que venha trabalhar mais feliz e queira se comprometer?’ Portanto, por causa disso há uma fome imensa internamente”, acrescentou.
Regras novas para F1 2022 atrapalharam Mercedes e Hamilton; Wolff considera mudar ‘filosofia’ do carro
A Red Bull já conquistou os dois títulos desta Fórmula 1, deixando a Mercedes como a única equipe a superar a operação de Milton Keynes desde 2010. Com efeito, isso pode se estender até 2009, quando Brawn venceu o campeonato antes de se transformar na atual Mercedes na temporada seguinte.
Novos regulamentos aerodinâmicos desta campanha fizeram com que a equipe de Brackley se esforçasse para entender os prejuízos no W13. O carro provou ser um dos mais problemáticos no grid; por isso, os engenheiros lhe aumentaram a altura a fim de amenizar o fenômeno.
Isso, porém, veio ao custo de downforce, uma vez que o carro também é pesado e resistente que o da Red Bull. Levou, pois, tempo para entender os erros subjacentes, embora fosse fundamental para a Mercedes evitar replicá-los no carro da Fórmula 1 2023. Wolff já sugeriu que o design novo será diferente em alguns aspectos, mesmo que externamente não o pareça.