Segundo a Ferrari, era muito arriscado impor uma ordem de equipe no GP do Brasil e aumentar as chances de Charles Leclerc terminar em segundo lugar geral na classificação de pilotos da F1 2022.
Essa foi a explicação dos chefes depois que Leclerc admitiu sua frustração por não poder ultrapassar Carlos Sainz neste domingo em Interlagos. O monegasco agora têm o mesmo número de pontos que Sergio Pérez, com apenas a prova de Abu Dhabi pela frente. Sainz confirmou que um pedido nunca chegou. “Para mim, no rádio, nada veio. Então, não tenho nada a comentar”, disse ele.
Leclerc, por seu lado, deixou clara a insatisfação. “Estou feliz com meu próprio desempenho na Fórmula 1; mas penso nesses três pontos se perder o segundo lugar no campeonato ao fim. Se sim, então que seja. Discutimos isso internamente antes da corrida, mas por algum motivo a Ferrari mudou de ideia”, afirmou.
Portanto, enquanto a controvérsia sobre a ordem da Red Bull e Max Verstappen continua, o chefe da Ferrari Mattia Binotto explicou por que não houve um pedido semelhante a Sainz. “Existiria muito risco em reverter as posições, pois Charles tinha Alonso e Verstappen atrás dele. Depois, também estávamos sob investigação pelo incidente do safety car; por isso, uma penalidade para Carlos significaria ainda mais posições atrás. Para o campeonato de construtores desta F1, sentimos que era melhor manter como estavam”.
Laurent Mekies reafirma declaração de Binotto, da Ferrari, quanto a Leclerc no GP do Brasil de Fórmula 1
O chefe esportivo Laurent Mekies apoiou seu chefe. “No final, queríamos fazer isso se a oportunidade existisse – discutimos isso. Nós apenas achamos que era muito apertado com Alonso e Max”.
No mínimo, a situação aumentou as apostas para o final da temporada no próximo fim de semana em Abu Dhabi. “Será um término emocionante. Nós realmente queremos o segundo lugar com Checo e Max vai ajudá-lo lá”, disse o chefe da Red Bull, Christian Horner.
A prova, que ocorre no Circuito Yas Marina, é no dia 20, às 10h (horário de Brasília).