Jesper Moller, presidente da Federação Dinamarquesa (DBU) declarou que não votaria em Gianni Infantino no processo de reeleição para a presidência da FIFA, em março do próximo ano. Após a proibição do uso da braçadeira “OneLove” na Copa do Mundo Catar 2022, Moller se mostrou irritado com Infantino.
Durante a entrevista coletiva nesta quarta-feira (23), Jesper Moller retirou seu apoio ao atual presidente da FIFA. Com as eleições marcadas para março de 2023, Infantino é o único nome inscrito para assumir a presidência da Federação Internacional.
A decisão se dá após as ameaças da FIFA aos times que usarem a braçadeira inclusiva durante os jogos da Copa do Mundo. Segundo o órgão regulador, o uso renderia aos times um cartão amarelo.
“Esta situação é bastante extraordinária. Não estou apenas desapontado, estou zangado”, lamentou Moller. “Buscaremos esclarecimentos legais como resultado dessas pressões”, afirmou.
Com isto, o presidente da Federação Dinarmaquesa não irá votar em Infantino, que tenta sua segunda reeleição. Mesmo sendo o único candidato ao posto, a Dinamarca não dará seu apoio.
Infantino conquistou a presidência da FIFA em 2016 e foi reeleito em 2019. Em 2023, ele será reeleito para seu terceiro mandato, que vigorará por mais quatro anos. Mais de 200 associações membros da FIFA já ofereceram seu apoio à uma nova gestão, após articulação de Gianni.
Entenda o símbolo OneLove proibido pela FIFA
O símbolo da OneLove, proibido pela FIFA nas braçadeiras dos capitães na Copa do Mundo Catar, foi criado na Holanda em 2020. A campanha tem como imagem um coração com o número 1 ao centro e possui seis cores diferentes. Desta forma, as cores vermelho e preto, representam as diferentes raças e origens; as cores rosa, amarelo e azul representam as identidades de gênero e a orientação sexual.