Copa do Mundo: técnico de Gana nega “sentimento de vingança” contra o Uruguai por 2010
Gana volta a enfrentar a seleção sul-americana depois do jogo das quartas de final da Copa da África com mão de Suarez e cavadinha de Loco Abreu
A última rodada do grupo H da Copa do Mundo marca o reencontro de duas seleções que proporcionaram um momento histórico, quando, em 2010, o Uruguai eliminou Gana em uma das partidas mais icônicas da história dos Mundiais.
Agora, em 2022, as seleções voltam a se enfrentar com uma condição totalmente favorável para Gana, que pode passar de fase até com um empate, dependendo do resultado de Portugal x Coreia. Apesar disso, o treinador ganense, Otto Addo, descartou qualquer sentimento de vingança.
“Não sou alguém que pensa em vingança. Já faz muito tempo desde que isso aconteceu. Eu não me importo, mas a torcida quer isso. E eu acredito firmemente que se você não buscar vingança neste tipo de situação, às vezes você terá sucesso”, explicou.
Partida cheia de polêmicas em 2010
O jogo entre Gana e Uruguai foi marcado por muitas polêmicas e emoção. Válido pelas quartas de final da Copa de 2010, a partida estava empatada por 1 a1 quando, no último lance, Luiz Suarez evitou um gol certo dos ganeses com uma “bela defesa” e foi expulso.
Mesmo salvando o gol, bastava que Asamoah Gian marcasse e Gana estaria classificada, mas o atacante chutou na trave e a disputa foi para a decisão por pênaltis, com os uruguaios levando a melhor.
Mas mesmo esse final teve seu toque de dramaticidade. A última cobrança do Uruguai ficou por conta de Loco Abreu, que não sentiu a responsabilidade, batendo de cavadinha e levando sua seleção até as semifinais.
Gana em vantagem
As duas seleções vêm em momentos distintos, enquanto Gana venceu a Coreia do Sul e se colocou em boa posição para a classificação, o Uruguai foi derrotado por Portugal e depende de uma vitória para ainda sonhar.
Otto Addo explicou que esse jogo, que acontece na próxima sexta-feira (2), será muito difícil para Gana e exaltou os atacantes uruguaios, apesar da seleção sul-americana ser uma das poucas que ainda não balançaram as redes no Catar.
“Vai ser um jogo complicado. Eles têm atacantes muito bons e muita experiência. São muito compactos e formam um bom time. As situações das seleções são diferentes, mas daremos o nosso máximo para vencê-los”, afirmou.