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Copa do Mundo 2022: confira o desempenho de todas as seleções africanas

Frequentemente apontadas como possíveis surpresas, as melhores campanhas das equipes da região atingiram apenas as quartas de final

Por Thiago Chaguri em 11/11/2022 10:15 - Atualizado há 2 anos

Montagem - Divulgação/Fifa (Roger Milla), Tony O'Brien/Reuters (Senegal) e Kai Pfaffenbach/Reuters (Asamoah Gyan)

A Copa do Mundo receberá a 22ª edição de sua história no Catar e cinco países serão os representantes africanos em campo: Camarões, Gana, Marrocos, Senegal e Tunísia. Neste ano não haverá estreantes pelo continente, que já enviou 13 seleções para a disputa dos mundiais. As melhores campanhas ocorreram em três ocasiões, onde Camarões, Senegal e Gana alcançaram as quartas de final.

Confira a seguir um panorama das campanhas contendo os números de vitórias, derrotas, empates, gols marcados e sofridos, o saldo e os artilheiros de cada seleção em Copa do Mundo até a edição de 2018.

Egito foi a primeira seleção africana a disputar uma Copa

O Egito foi o pioneiro da África em mundiais. Participou da segunda edição, em 1934, sendo eliminado logo na primeira partida ao perder para a Hungria por 2 a 1. Naquele ano, assim como em 1938, não houve fase de grupos e a disputa iniciou já nas oitavas de final.

As equipes da região estiveram ausentes por seis edições consecutivas. A segunda participação ocorreu somente em 1970, quando o Marrocos classificou-se para a competição realizada no México. Desde então, o continente sempre envia ao menos um representante.

Melhores participações

Três capítulos merecem destaque na história africana em Copas. Em ordem cronológica dos fatos, a seleção de Camarões foi a primeira a atingir as quartas de final, em 1990. Senegal e Gana alcançaram seus feitos nas edições de 2002 e 2010, respectivamente.

“Leões Indomáveis” e desbravadores – 1990

Camarões embarcou rumo à Itália com Roger Milla de novidade em seu elenco. Paul Biya, presidente do país, o convenceu a deixar a aposentadoria de três anos da seleção. E a aposta deu certo. Milla, aos 38 anos, foi o artilheiro da equipe com quatro gols na memorável campanha de 1990.

A estreia camaronesa pela fase de grupos ocorreu da melhor maneira possível, protagonizando uma ‘zebra’. Derrotou por 1 a 0 a Argentina de Maradona, à época atual campeã mundial e futura vice-campeã daquela edição vigente. Posteriormente, vitória sobre a Romênia de Hagi e Popescu por 2 a 0. Apesar da goleada sofrida pela extinta União Soviética (4 a 0), avançou como líder do grupo.

Nas oitavas de final os ‘Leões Indomáveis’ bateram a Colômbia de Valderrama, Higuita e Rincón por 2 a 1 numa emocionante prorrogação, que reservou os três gols do jogo. O segundo surgiu de uma lambança de Higuita ao se lançar como um líbero pela intermediária para tabelar com os zagueiros. Atento ao lance, Milla roubou a bola quando o goleiro tentou driblá-lo e ficou com a meta livre para apenas empurrar às redes. Também autor do primeiro tento, o atacante comemorou ambos com danças irreverentes próximas à bandeira de escanteio. Seu carisma abriu portas para uma infinidade de estilos cheios de ginga nas celebrações futuras do momento máximo do futebol.

Roger Milla e sua icônica dança para comemorar o primeiro gol de Camarões, aos 46 segundos da prorrogação

Após empate em 2 a 2 no tempo regulamentar, a Inglaterra de Peter Shilton, Gary Lineker e Paul Gascoigne domou os Leões e progrediu à semifinal ao triunfar por 3 a 2 no tempo extra. Mesmo com a derrota nas quartas de final, a seleção de Camarões voltou para casa de cabeça erguida e com a sua melhor campanha em Copas na bagagem.

O “Gol de Ouro” que não tirou o brilho de Senegal – 2002

12 anos depois Senegal repetiu a façanha do coirmão continental. Estreando em mundiais, teve como sua primeira adversária a poderosa França, até então atual campeã da Copa do Mundo (1998), da Eurocopa (2000) e da Copa das Confederações (2001). Contudo, este imponente currículo e a presença de estrelas como Zidane, Henry e grande elenco não assustou os destemidos senegaleses, que chocaram o mundo ao bater os franceses por 1 a 0. O meio-campista Papa Bouba Diop, falecido em decorrência da esclerose lateral amiotrófica no ano de 2020, fez o gol histórico.

Bouba Diop e seus companheiros celebrando o gol diante da França

O simpático time africano ainda empatou as duas partidas seguintes. Primeiramente em 1 a 1 com a Dinamarca. Diante do Uruguai pela última rodada da primeira fase abriu 3 a 0, porém desacelerou e sofreu a igualdade. Ainda assim passou para as oitavas de final em segundo lugar de seu grupo.

Com dois de Henri Camara, um deles sendo o decisivo “Gol de Ouro” – regra em que a marcação de um gol na prorrogação encerrava automaticamente a partida – aos 14 do primeiro tempo suplementar, Senegal eliminou a Suécia e se credenciou às quartas de final.

Nesta fase, mais um embate encerrado após os 90 minutos. O desfecho, entretanto, foi diferente do anterior. A seleção da Turquia, também com um “Gol de Ouro” no tempo extra, colocou um ponto final na história senegalesa e prosseguiu escrevendo a sua ao atingir um feito que permanece inédito para o país. A derrota para o Brasil na semifinal não abalou os turcos, que triunfaram sobre a anfitriã Coréia do Sul para finalizar aquela edição na terceira posição.

Tão perto, mas tão longe… – 2010

Gana, talvez, tenha sido a esquadra africana que mais chegou perto de uma semifinal. Apesar de sua campanha atingir a mesma fase de Camarões e Senegal, esteve muito próxima de avançar à semifinal num épico jogo contra o Uruguai. Os ganeses vinham de boa campanha em seu continente, na edição realizada pela África do Sul, em 2010.

Bateram a Sérvia por 1 a 0, empataram em 1 a 1 com a Austrália e perderam para a Alemanha na diferença mínima de 1 a 0 pela primeira fase. Classificada para as oitavas de final em segundo, Gana enfrentou os Estados Unidos e ganhou na prorrogação por 2 a 1.

Pela frente, um aguerrido Uruguai nas quartas de final. Após empate em 1 a 1 no tempo normal, houve uma movimentada prorrogação. Os africanos criaram as melhores chances, mas não aproveitaram. A última aconteceu no minuto derradeiro do tempo suplementar, no famoso lance em que Luiz Suárez, em cima da linha de gol, espalmou uma cabeçada de Adiyiah. O atacante uruguaio foi expulso, mas comemorou sua “defesa” ao assistir Asamoah Gyan desperdiçar a cobrança da penalidade, levando, assim, a partida para a disputa de pênaltis.

Muslera brilhou com duas defesas. Loco Abreu despachou Gana com requintes de crueldade ao deslocar o goleiro Richard Kingson com uma cavadinha no meio gol.

Asamoah Gyan se desespera no fim da prorrogação após desperdiçar o pênalti que colocaria Gana na semifinal

Todas as seleções participantes

Dentre as 13 seleções africanas, Camarões é a recordista. O país estará pela oitava vez no Mundial.

A tradicional Nigéria disputou a Copa por seis vezes, porém estará fora em 2022. Já Marrocos e Tunísia igualarão a marca nigeriana neste ano.

Gana está garantida para sua quarta edição, empatando em números com a Argélia.

África do Sul, Costa do Marfim e Egito possuem três participações cada. Senegal se juntará a esse grupo com seu passaporte carimbado para o Catar.

Fechando esta lista Angola, Togo e Zaire (atual República Democrática do Congo) possuem apenas uma participação cada.

Abaixo, o número total das participações do continente sem contabilizar a edição de 2022.

7 – Camarões

6 – Nigéria

5 – Marrocos e Tunísia

4 – Argélia

3 – África do Sul, Costa do Marfim, Egito e Gana

2 – Senegal

1 – Angola, Zaire/Congo e Togo

Campanha das seleções

A Nigéria obtém o maior número de vitórias e gols marcados. Já a seleção de Zaire, em 1974, tem a pior campanha. Perdeu as três partidas disputadas e sofreu 14 gols. Veja os números registrados até 2018.

Camarões (1982, 1990, 1994, 1998, 2002, 2010 e 2014)

23 jogos: 4 vitórias, 7 empates e 12 derrotas

Gols: 18 gols marcados e 43 sofridos, saldo de -25

Artilheiro: Roger Milla – 5 gols

Melhor campanha: Quartas de final (1990)

Nigéria (1994, 1998, 2002, 2010, 2014 e 2018)

21 jogos: 6 vitórias, 3 empates e 12 derrotas

Gols: 23 gols marcados e 30 sofridos, saldo de -7

Artilheiro: Ahmed Musa – 4 gols

Melhor campanha: Oitavas de final (1994, 1998 e 2014)

Marrocos (1970, 1986, 1994, 1998 e 2018)

16 jogos: 2 vitórias, 5 empates e 9 derrotas

Gols: 14 gols marcados e 22 sofridos, saldo de -8

Artilheiros: Abdeljalil Hadda, Abderrazak Khairi e Salaheddine Bassir – 2 gols

Melhor campanha: Oitavas de final (1986)

Tunísia (1978, 1998, 2002, 2006 e 2018)

15 jogos: 2 vitórias, 4 empates e 9 derrotas

Gols: 13 gols marcados e 25 sofridos, saldo de -12

Artilheiro: Wahbi Khazri – 2 gols

Melhor campanha: 1ª fase

Argélia (1982, 1986, 2010 e 2014)

13 jogos: 3 vitórias, 3 empates e 7 derrotas

Gols: 13 gols marcados e 19 sofridos, saldo de -6

Artilheiros: Abdelmoumene Djabou, Islam Slimani e Salah Assad – 2 gols

Melhor campanha: Oitavas de final (2014)

Gana (2006, 2010 e 2014)

12 jogos: 4 vitórias, 3 empates e 5 derrotas

Gols: 13 gols marcados e 16 sofridos, saldo de -3

Artilheiro: Asamoah Gyan – 6 gols

Melhor campanha: Quartas de final (2010)

Costa do Marfim ( 2006, 2010 e 2014)

9 jogos: 3 vitórias, 1 empates e 5 derrotas

Gols: 13 gols marcados e 14 sofridos, saldo de -1

Artilheiros: Aruna Dindane, Didier Drogba, Gervinho e Wilfried Bony – 2 gols

Melhor campanha: 1ª fase

África do Sul (1998, 2002 e 2010)

9 jogos: 2 vitórias, 4 empates e 3 derrotas

Gols: 11 gols marcados e 16 sofridos, saldo de -5

Artilheiro: Benni McCarthy e Shaun Bartlett – 2 gols

Melhor campanha: 1ª fase

Egito (1934, 1990 e 2018)

7 jogos: 2 empates e 5 derrotas

Gols: 5 gols marcados e 12 sofridos, saldo de -7

Artilheiro: Abdel Fawzi e Mohamed Salah – 2 gols

Melhor campanha: 1ª fase –Oitavas de final (1934)

Senegal (2002 e 2018)

8 jogos: 3 vitórias, 3 empates e 2 derrotas

Gols: 11 gols marcados e 10 sofridos, saldo de +1

Artilheiro: Papa Bouba Diop – 3 gols

Melhor campanha: Quartas de final (2002)

Angola (2006)

3 jogos: 2 empates e 1 derrota

Gols: 1 gol marcado e 2 sofridos, saldo de -1

Artilheiro: Flávio Amado – 1 gol

Melhor campanha: 1ª fase

Togo (2006)

3 jogos: 3 derrotas

Gols: 1 gol marcado e 6 sofridos, saldo de -5

Artilheiro: Mohamed Kader – 1 gol

Melhor campanha: 1ª fase

Zaire/República Democrática do Congo (1974)

3 jogos: 3 derrotas

Gols: Nenhum marcado e 14 sofridos, saldo de -14

Melhor campanha: 1ª fase

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