Copa do Mundo 2022: Casagrande faz alerta e prevê problemas na competição; entenda
Brasil debuta no Mundial do Qatar no próximo dia 24 de novembro, quando encara a equipe da Sérvia, no Lusail Stadium
Restando menos de dez dias para o início da Copa do Mundo, o ex-jogador Walter Casagrande teceu duros comentários sobre o país sede e manifestou preocupação por conta dos quadros de preconceitos existentes no Qatar, que possui um sistema rígido, e tem gerado fortes discussões nas últimas semanas a medida que a competição de seleções se aproxima.
Em sua coluna no UOL Esporte, Casão citou o documentário “Esquemas da Fifa”, lançado nesta semana pela Netflix, e citou o trabalho escravo, preconceito contra mulheres, além da homofobia.
“Teremos uma Copa num país que não respeita os direitos humanos e que construiu não só estádios, mas também outras obras de fora do esporte, com trabalho escravo, principalmente de pessoas vindas da Índia e do Nepal. É muito duro ver os familiares esperando no aeroporto os parentes que foram trabalhar no Qatar e que voltaram para casa em um caixão. Aconteceram muitas mortes e maus tratos com esses trabalhadores”, pontuou Casagrande, citando outras preocupações.
“O Qatar é um país em que os direitos das mulheres não existem, porque elas são tratadas como seres inferiores. Também é uma nação totalmente homofóbica. Embaixador qatari para a Copa do Mundo, o ex-jogador Khalid Salman disse em uma entrevista há poucos dias que ser homossexual é um haram, ou seja, um pecado para o Islã. “É um dano mental”, complementou o ex-jogador.
“Vamos ver o desenrolar da Copa, mas de uma coisa tenho certeza: muitos problemas com as leis e as proibições do Qatar vão acontecer. Não só com os turistas e torcedores, mas também com aqueles que pensam nos direitos para todos, como os dinamarqueses”, disse Casagrande.
A citação do ex-jogador sobre a seleção europeia faz uma menção ao veto que o escrete teve acerca de sua camisa de treino. O uniforme traria uma mensagem em prol dos direitos humanos, funcionando como um protesto contra o governo do Qatar. A Fifa, por sua vez proibiu a utilização da peça durante a Copa do Mundo 2022.
Casagrande:
– Sofria muito no início, quando lia pessoas me chamando de drogado, viciado, cheirador. Não são críticas, são ataques preconceituosos. Não me surpreende de forma alguma quando uma pessoa como Neymar curte um post com essas perversidades, preconceitos e grosserias. pic.twitter.com/F8SJRKjBq4
— Goleada Info (@goleada_info) November 9, 2022