Zé Roberto aponta “grande erro” na carreira de Neymar: “É uma pena”
Astro do PSG vivencia cenário totalmente distinto às vésperas da Copa do Mundo e "teria demorado a ter a percepção certa"
Em entrevista ao jornal francês “L´Équipe”, o ex-jogador Zé Roberto traçou um paralelo da sua carreira no aspecto físico com Neymar. Para o ex-Palmeiras, Bayern de Munique, Santos e seleção brasileira, o camisa 10 demorou a entender que precisava melhorar fisicamente para se manter no topo dos principais jogadores do mundo.
Aposentado desde 2017, quando tinha 43 anos, Zé Roberto se notabilizou no final da carreira pelo porte físico invejável, mantido até os dias atuais.
“Ele [Neymar] finalmente entendeu que gerenciar seu físico era mais importante do que gerenciar seu talento. Ele trabalhou, ele se cuida. Ele confiou por muito tempo em seu talento natural. Mas aos 30, isso não é suficiente. Joguei até os 43 anos, mas, a partir dos 30, minha recuperação não foi mais a mesma. Eu tinha que prestar atenção na minha dieta, no meu sono”, afirmou Zé Roberto, exaltando ainda o bom início de temporada de Neymar.
Ao L’Equipe, Zé Roberto lamenta que Neymar tenha acordado para a carreira só aos 30 anos:
– Ele confiou por muito tempo em seu talento natural. Mas aos 30 isso não é suficiente. Joguei até os 43 anos, mas a partir dos 30, minha recuperação não foi mais a mesma.
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“Deve ter sentido que estava perdendo o impulso, a velocidade, o drible. Ele foi trabalhar durante as férias e até voltou a treinar mais cedo do que o esperado. É como se ele tivesse percebido que não poderia mais atuar sem trabalhar. Já era tempo! É uma pena que ele acorde tão tarde. Ele não teria sido o melhor do mundo todos esses anos, mas teria ficado no top 3, com Messi e Cristiano Ronaldo. Ele nunca teria sido ultrapassado por De Bruyne e os outros jogadores”, acrescentou o ex-atleta.
Ainda na entrevista ao periódico francês, Zé Roberto classificou que o escrete nacional tem boas chances de título na Copa do Mundo do Qatar.
“Sua motivação está sobrecarregada. A seleção pode realmente ganhar. A última vez que ela esteve tão bem armada foi em 2006 com Ronaldo, Ronaldinho, Adriano. Terminamos em primeiro lugar nas eliminatórias e vencemos a Copa das Confederações [em 2005]. Esse é o caso dessa equipe. Ela tem um treinador [Tite] que progrediu e não depende mais só de Neymar porque tem Raphinha, Vinícius Júnior, Antony, Paquetá… Com um time assim, Neymar entendeu que é agora ou nunca para entrar na história”, concluiu o ex-jogador.