Rafael Sóbis fala sobre jogador derrubar técnico: “Acontece mais nos bastidores”
Ex-atacante do Internacional falou sobre a 'lenda' de que jogador pode causar a demissão de um treinador
O ex-atacante Rafael Sóbis, com passagem vitoriosa por Internacional, Fluminense e Cruzeiro, foi o convidado do podcast “Flow Sport Clube”.
Na entrevista, o apresentador Igor perguntou para Sóbis se ele já presenciou alguma situação em que o elenco queria derrubar o treinador. Se isso realmente é comum no futebol. O ex-jogador, então, disse que isso acontece sim, mas que dificilmente é dentro de campo, como as pessoas acham que são.
“Acontece (de jogador demitir treinador), mas mais em bastidores. Porque quando o jogador entra em campo, é difícil jogar 50%, porque é você que está ali, é o seu nome, então, naquele momento, você precisa se dedicar. Mas, nos bastidores, sim.”
“Quando os treinadores começam a pedir muito, quando o treinador é muito bonzinho num geral, o jogador começa a tomar conta. Ai depois o treinador quer tirar alguma coisinha, você não tira mais. As unhas já estão grandes. Mas, tem isso sim, nos bastidores, no dia a dia, não é no jogo em si”, declarou Rafael Sóbis.
Mudança de treinador faz bem para o elenco?
Em outro momento da entrevista, Rafael Sóbis falou sobre essa cultura no Brasil de demitir técnico. Segundo ele, isso pode ser positivo para extrair mais dos jogadores e também para mostrar ao elenco que as coisas precisam mudar.
“Quando sai um treinador é porque está uma merda. E os jogadores precisam entender que está uma merda. E ai é um que paga, porque não dá para tirar todos os jogadores”, disse Sóbis, que explica porque a troca de treinador muitas vezes da resultado imediato.
“Quando o técnico sai, é uma oportunidade. É um técnico novo, é tudo novo. Por isso que geralmente, no jogo seguinte, começa a ganhar. É que os jogadores que não estavam jogando, olham uma oportunidade, os que estavam meia-boca voltam a jogar bem pra não perder o lugar no time. Então, as vezes é bom uma troca de treinador para dar um choque no grupo. E as vezes funciona como uma escapatória da direção para tirar mais dos jogadores, coisa que o treinador não consegue, porque não fica 3, 4 anos dentro de um clube no Brasil. É quase impossível.”