Os clubes da Premier League estão fazendo lobby junto à entidade e à FA (Football Association, entidade que gere o futebol no país) pedindo um afrouxamento de regras que restringem a contratação de jogadores estrangeiros, modificadas depois do Brexit, ou seja, que o Reino Unido deixou de fazer parte da União Europeia.
Além do veto à contratação dos jogadores menores de 18 anos, a FA estabeleceu alguns critérios em que os jogadores precisam se encaixar em um sistema de pontuação que inclui a qualidade da liga em que o atleta atua.
A queixa dos clubes é que os jogadores que se encaixam nos critérios custam mais caro, e isso prejudica principalmente as equipes menos ricas, que costumam buscar talentos nas divisões inferiores europeias, como a Bundesliga 2, na Alenanha, e a Ligue 2, na França.
A alegação do executivo-chefe da FA, Mark Bullingham, para manter as regras atuais é a tentativa de incentivar os clubes a buscar jovens jogadores na Championship, a segunda divisão do Campeonato Inglês, além de cuidar melhor de suas próprias academias de revelação de talentos.
Só na última janela de transferências, entre julho e o começo de setembro deste ano, os clubes da Premier League gastaram cerca de 2 bilhões de euros em reforços, sendo que 60% desse valor foi gasto fora do Reino Unido. Outro objetivo dos dirigentes é evitar que o excesso de reforços estrangeiros, especialmente muito jovens, possa prejudicar a formação de talentos para a seleção inglesa, atual vice-campeã europeia e considerada uma das candidatas ao título da Copa do Mundo 2022, no Catar.