Lewis Hamilton disse à mídia que, durante as sessões de treinos para o GP dos Estados Unidos, teve um bom pressentimento sobre sua Mercedes atualizada. No entanto, no grid antes da corrida de domingo (23), o heptacampeão mundial relatou um problema com os freios. Segundo ele, o carro estava começando a puxar para um lado quando ele pressionava o pedal.
Assim, Hamilton alegou que não podia pilotar o carro, de modo que os mecânicos da Mercedes inundaram o grid para consertá-lo faltando poucos minutos para o início da prova. A equipe fez um grande trabalho e utilizaram metade do tempo que uma operação daquele tipo normalmente leva.
Com o desfecho, Martin Brundle elogiou o trabalho dos mecânicos da escuderia. O comentarista da Sky Sports F1, porém, teve sérias dúvidas sobre as restrições de tempo em que estavam. “Fiquei surpreso, porque era arriscadíssimo. Ainda havia pedaços saindo do carro depois que eu terminei o grid walk”, disse.
Especialista em F1 explica ação da Mercedes em Hamilton citada por Martin Brundle
Com tanta coisa fora do carro, a Mercedes decidiu trocar todo o material de freio, incluindo pastilhas e os próprios discos. Depois, o jornalista Ted Kravitz explicou a importância desse trabalho, visto que o Circuito das Américas é difícil nos freios.
“Os pilotos têm muita sensibilidade dos freios por aqui. Então, apenas para ter certeza, a Mercedes fez algo bastante incomum; decidiram mudar todo o material de freio na frente direita e dianteira esquerda”, relatou.
Esta não é, contudo, a primeira vez que equipes de F1 correm contra o tempo antes de uma corrida. Em 2020, na Hungria, a Red Bull fez o mesmo quando Max Verstappen caiu a caminho do grid. Com a frente do carro danificada, a equipe decidiu arriscar os reparos na pista, trocou várias peças em tempo recorde e deixou o holandês pronto para correr em condições úmidas.