A Justiça da Itália pediu ao Brasil nesta terça-feira a extradição do ex-atacante Robinho, condenado a 9 de prisão por estupro cometido em 2013 dentro de uma boate da cidade de Milão.
Segundo a agência Ansa, o Ministério Público de Milão, responsável por acionar o Ministério da Justiça da Itália, já teria sido informado sobre o envio da solicitação da extradição de Robinho às autoridades brasileiras.
Em janeiro deste ano, o ex-jogador de Santos, Atlético-MG, Real Madrid, Milan e Manchester City teve seu recurso rejeitado pela Corte de Roma, sendo condenado em última instância.
Além de Robinho, a Itália também solicita a extradição de Ricardo Falco, amigo do jogador que também está envolvido no crime.
A Constituição Federal proíbe a extradição de brasileiros, mas a justiça italiana pode pedir o cumprimento da pena em uma prisão em território nacional.
Mesmo assim, a prisão de Robinho no Brasil é inviabilizada pelo Código Penal, já que a sentença estrangeira só é aplicada em situações de reparação de danos e pela homologação para efeitos de tratados.
Robinho está com 38 anos de idade e não atua profissionalmente desde 2020, quando estava no Istambul Basaksehir, da Turquia.
Ainda em 2020, no mês de outubro, o jogador chegou a ser anunciado como reforço do Santos, mas a pressão da torcida, de patrocinadores e da mídia fizeram o clube desfazer o negócio.
O jogador não anunciou sua aposentadoria dos gramados de forma oficial, mas como Robinho não pode sair do país e com toda resistência em atuar em algum clube brasileiro, é bem provável que ele não jogue mais.
Robinho vive de forma reclusa no litoral de São Paulo. Recentemente, ele se encontrou com o meia Diego, do Flamengo, que postou a foto nas redes sociais.
O caso Robinho
As investigações italianas apontaram que Robinho e cinco amigos teriam estuprado uma jovem albanesa na boate Sio Café, em Milão, onde ela comemorava seu aniversário.
O episódio aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta estava no Milan.
Robinho foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017 e teve sua condenação de 9 anos confirmada em janeiro deste ano de 2022.
Em sua defesa, o jogador afirmou que toda relação que teve com a jovem albanesa foi consensual e ressaltou que o seu único arrependimento neste caso foi ter sido infiel com sua mulher.