Home DESTAQUE F1: galã francês, François Cevert, encontrou a morte no GP dos Estados Unidos de 1973

F1: galã francês, François Cevert, encontrou a morte no GP dos Estados Unidos de 1973

Companheiro de Jackie Stewart, piloto era considerado uma jovem promessa do esporte a motor

Bruno Bravo Duarte
Bruno Bravo Duarte é um jornalista que atua como editor, redator e repórter há mais de dez anos. Formado em Comunicação Social com habilitação em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá em 2004, teve passagens por EQI Investimentos, Naspistas.com, Jornal Povo, Jornal do Rock e Niterói TV. Atualmente no Torcedores.com

Jackie Stewart e François Cevert eram responsáveis pelo desempenho impecável da Tyrrell no início da década de 1970. Enquanto o primeiro conquistou um tricampeonato entre os anos de 1969 e 1973, o segundo buscava o seu lugar ao sol como piloto da equipe. Em meio a uma série de expectativas para o futuro, Cevert perdeu a sua vida nos treinos para o Grande Prêmio dos Estados Unidos, realizado em Watkins Glen, em 1973.

Na ocasião, o piloto sofreu o acidente fatal em uma série de esses do circuito norte-americano. Cevert perdeu o controle de sua Tyrrell e acabou no guard-rail. Com o impacto, o piloto foi decapitado. Curiosamente, Watkins Glen foi palco da única vitória de François na categoria, em 1971.

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Com olhos azuis e considerado um galã do esporte, aliás, há quem diga que Cevert viveu um romance com a transexual brasileira, Rogéria, o piloto tinha 29 anos e era cotado para assumir o primeiro posto na Tyrrell, devido a aposentadoria de Jackie Stewart.

Enquanto o escocês encerrava a sua carreira com o título daquela temporada em seu centésimo grande prêmio, Cevert despertava como uma grande promessa do esporte.

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Causa do acidente

A principal causa apontada para a tragédia foi a relação de marchas do carro do francês. Jackie Stewart optou por fazer a sequância de esses com a quarta, já François Cevert configurou a sua Tyrrell para passar pelo trecho em terceira marcha, o que garantia maior velocidade e menor estabilidade.

Outros fatores determinantes foram os guard-rails que ficavam no entorno da pista. No local onde Cevert bateu, a proteção contava com apenas duas lâminas, que estavam mal fixadas. Com a força do impacto, a Tyrrell de número seis entrou por baixo do guard-rail, o que causou morte instantânea para o piloto.

Segundo o documentário “Brasil na Pista”, de Ernesto Rodrigues, o francês teve o seu corpo cortado ao meio com a força do impacto. Na ocasião, os irmãos Emerson e Wilson Fittipaldi estavam no circo da Fórmula 1 e tiveram que lidar com a fatalidade no treino de sexta-feira.

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Comoção e fim de carreira

A morte de Cevert não foi registrada em vídeo. Alguns fotógrafos conseguiram captar imagens do pós-acidente e a cena foi retratada no filme “Rush – no Limite da Emoção”, de Ron Howard. A produção mostra a disputa entre dois ícones da Fórmula 1, Niki Lauda e James Hunt.

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Após a colisão, Mike Hailwood, Jody Schekter e Emerson Fittipaldi pararam os seus carros para prestar auxílio a François Cevert, sem sucesso. O brasileiro chegou aos boxes em prantos e pensou em encerrar a sua carreira na Fórmula 1.

Do outro lado, Jackie Stewart, companheiro e amigo do francês, terminou o ano com o tricampeonato e não alinhou a sua Tyrrell no grid em sua centésima corrida. Estava decretada a aposentadoria do escocês.

Tributo feito por fã dedicado ao piloto francês

François Cevert seria campeão?

Jackie Stewart não iria disputar a temporada de 1974 e sem François Cevert, a Tyrrell apostou em uma dupla inexperiente formada por Jody Schekter e Patrick Depailler. O primeiro brigou pelo título ao longo do campeonato e terminou em terceiro na classificação.

Nos anos seguintes, a Tyrrell ainda conseguiria bons desempenhos com o P34, o pitoresco carro de seis rodas. Estima-se que François Cevert poderia brigar pelo título e se sagrar campeão até 1976.

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A partir do ano seguinte, a equipe entrou em declínio. A última temporada da Tyrrell na Fórmula 1 aconteceu em 1998.

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