Após 25 anos, Casagrande e Globo encerraram o ciclo de parceria na empresa. Apesar do status que tinha dentro da emissora, o ídolo do Corinthians considera que tomou a decisão correta. Com mais liberdade, ele vem aproveitando para renovar sua criatividade, tendo em vista a ideia que ficou estagnado em sua carreira nos últimos anos que esteve na antiga casa.
Neste cenário, Casagrande vem desfrutando da nova realidade, algo que foi refletido em uma experiência marcante. Visitando a aldeia indígena Katurãma, o ex-jogador valorizou o momento que passou no local, situação que não seria possível trabalhando na Globo.
“(Vida) mudou completamente. E para melhor. A minha criatividade estava muito limitada lá. A pessoa tem de colocar o seu limite vivendo na liberdade, e o meu, na Globo, que sempre foi alto, estava diminuindo cada vez mais. Isso não fazia bem para mim e nem agradava a emissora”, disse à edição de novembro da revista 29 Horas.
“Por exemplo, acabei de chegar de uma visita à aldeia indígena Katurãma (em São Joaquim de Bicas, em Minas Gerais), onde divulguei o ato Sem Demarcação Não tem Jogo. Havia várias etnias por ali, danças de amor, de paz, cantos. Foi uma das coisas mais lindas que vi na vida. Se eu estivesse na Globo, eu poderia ter sugerido, organizado tudo, mas não me dariam a chance de ir até lá, porque, talvez, eu estaria escalado para comentar em algum programa“, completou.
Retorno de Casagrande à televisão
Optando por se afastar da TV, Casagrande pode retornar à telinha com um programa fora do âmbito esportivo. Ligado ao rock and roll, o comentarista acredita que possui condições de “resgatar” o público que possui afinidade com o estilo musical.
“A partir do ano que vem, eu pretendo voltar para televisão, mas não só para fazer futebol. Eu tenho uma ideia de um programa com música, resgatar o rock and roll brasileiro, resgatar a MPB… minha intenção é essa. Na televisão, cabe tudo, mas ela não sabe funcionar com tudo. Hoje em dia, os programas de televisão vão funk, axé e sertanejo. Mas tem MPB rolando e rock and roll, e as bandas antigas como Titãs e Paralamas. Cabe um programa para você resgatar um público, não é todo mundo que curte axé, funk e sertanejo. Não é uma crítica, estou reclamando para a falta de espaço para esses dois estilos.”, projetou ao Podpah.