A Copa do Mundo no Catar tem estreia marcada para o dia 20 de novembro. O principal torneio do esporte chamado futebol, reúne grandes craques, promessas, jogadores experientes, além de torcidas apaixonadas principalmente por seus países e estrelas. No Brasil a história não é diferente, afinal, somos referência quando falamos em Copa, com cinco estrelas no peito, o maior campeão.
No entanto, como a seleção chegou para esse torneio gigantesco? O Torcedores.com explica a trajetória da amarelinha e qual aspiração do país após o final do ciclo com Tite.
Decepção e início do Ciclo
Primeiramente, uma queda dramática para Bélgica na Copa do Mundo de 2018 evidenciou uma grande dúvida quanto a qualidade e futuro da seleção brasileira no cenário mundial. Como de costume, era esperado mais uma troca de treinador. Por outro lado, a CBF preferiu manter Adenor no comando e da sequência ao trabalho em mais um ciclo.
Diante de seleções mais frágeis como Estados Unidos e Arábia Saudita, iniciava a trajetória da seleção até a Copa do Mundo no Catar. Fechando aquele ano de 2018 pós-Copa, a equipe venceu os seis embates. Ainda assim, necessitava urgentemente de uma renovação e que Tite começasse a olhar com uma pontaria mais aguçada para Europa.
Copa América
Em 2019, na Copa América disputada no Brasil, uma baixa sem a presença do craque Neymar, considerado a grande “salvação” da equipe, visto que a fábrica de talentos no país estava carente de grandes nomes. No entanto, a seleção superou a baixa expectativa e com grandes atuações de Daniel Alves e Éverton Cebolinha, conquistou a competição diante da rival, Argentina.
Enquanto finalmente levantava uma nova taça, ao mesmo tempo a seleção progredia com êxito nas Eliminatórias, guiada por boas atuações de Gabriel Jesus. Entretanto, o grande baque chegaria em 2021. Novamente, a Conmebol decidiu realizar uma Copa América, outra vez disputada em solo verde e amarelo. Por outro lado, dessa vez, a história não se repetiu para a Seleção Canarinho. O “troco” da Argentina foi com direito a gol de Di María na decisão.
Há quem diga que a derrota foi uma das mais frustrantes e doloridas nos últimos anos para o Brasil. Porém, com um olhar mais crítico, notamos a importância de analisar os pontos baixos e a necessidade de uma equipe, que muitas vezes só é perceptível contra grandes adversários no futebol. Era esse o caso dos Hermanos com Scaloni, uma equipe mais ajustada e técnica do que outrora.
Renovações
A renovação nitidamente demorou para acontecer de fato. Afinal, apenas em 2021 novos rostos começaram a serem observadas por Tite. É o caso do atacante Raphinha, destaque por anos no Leeds United e constantemente desejado pela Seleção Italiana, por sorte, o Brasil conseguiu “levar” o jogador há tempo, apenas em agosto de 2021. O atacante Vinícius Júnior era outro que acabava preterido em campo.
Além disso, também há nomes que se tornaram figuras importantes na seleção, como Bruno Guimarães, Antony e Rodrygo, só começaram a receber oportunidade há cerca de um ano, algo que não pode ser ignorado. Por outro lado, alguns atletas vieram a ter certo destaque recentemente. No total, 13 jogadores que disputaram a Copa do Mundo 2018, não figuram mais no elenco atual.
Fase de grupos, e o Hexa?
Classificado em primeiro nas Eliminatórias com incríveis 45 pontos e nenhuma derrota, é assim que o Brasil chega como uma potência da América do Sul. Aliado a isso, a seleção brasileira conta com novos talentos, sobretudo no ataque, que devem diminuir a responsabilidade de Neymar Júnior, antiga estrela solitária da equipe. Boa parte da “nova geração” já atuam e são protagonistas em grandes centros, exemplos de Rodrygo e Vinícius Júnior, destaques na conquista da Champions League, no Real Madrid.
Quanto ao sonhado Hexacampeonato, desde o quarteto mágico de 2006 o Brasil não era admirado e respeitado no mundo todo, inclusive por parte dos torcedores do país. Em suma, não dá para afirmar que a seleção conquistará o torneio em um “tiro curto” de um mês. Foram poucos testes de fogo, já que os sul-americanos na maioria dos casos não conseguiram enfrentar grandes seleções europeias como um teste de qualidade.
Além disso, o fato da equipe comandada por Tite ainda contar com muitos jovens e que receberam uma oportunidade na seleção há pouco tempo pode ser significativo. Um fato é que o Brasil chega como uma das grandes forças não apenas em 2022, mas também nas próximas três copas, assegurando uma base.