Home Mídia Esportiva Silvio Lancelotti disse que Copa do Mundo de 1994 merecia ser de outra seleção, não do Brasil

Silvio Lancelotti disse que Copa do Mundo de 1994 merecia ser de outra seleção, não do Brasil

Ele reforçou tese em que Maradona foi vítima de "tramoia indecente" naquele Mundial

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

A Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, marcou a volta do Brasil ao topo do futebol mundial após 24 anos. Porém, para o comentarista Silvio Lancelotti, especialista em futebol italiano que morreu na última terça-feira (13), esta deveria ter sido a Copa de Maradona, que seria sua terceira pela Argentina.

Em publicação na Folha de São Paulo em 1994, Lancelotti já havia publicado sobre a armação contra o ex-meia naquele Mundial. Porém, em sua coluna no R7 um dia após a morte de Maradona, em 2020, o comentarista lembrou a “tramoia”.

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“Depois, na Copa de 1990, na Bota, eu pude testemunhar de que maneira o Diego, já um campeão do mundo no México em 1986, estoicamente se recuperou de uma tenebrosa lesão de tornozelo”, lembrou Silvio Lancelotti em trecho publicado em sua coluna e reproduzida pelo jornalista Talles Torraga, do UOL Esporte.

“E enfim, na Copa de 1994, nos Estados Unidos, pude testemunhar a tramoia indecente, perversa, grotesca, que o tirou daquela competição.”

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O doping de Maradona e o fim do sonho

Para Silvio Lancelotti, não há dúvidas de que a Argentina era a melhor seleção da Copa do Mundo de 1994, e não o campeão Brasil. Ele questionou o “idiota absoluto” Daniel Cerrini, médico que prescreveu a medicação que continha efedrina, substância proibida no futebol, mas autorizada em esportes americanos.

“Remanesce um resumo da ópera: a distração de um idiota absoluto, o tal Cerrini, arruinou um trabalho maravilhoso, e coletivo, da nova transformação do Diego. A Argentina, sem dúvida, ostentava a melhor seleção da Copa dos EUA”, escreveu na época Lancelotti.

“Na integralidade, completa e livre de abalos, bem mais provável que fosse a Argentina, não a Itália, a rival do Brasil naquela decisão horrorosa, a única final da antologia do futebol que ficou no 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação.”

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