Os bastidores do Botafogo ficaram abalados durante a semana com o anúncio de saída de Jorge Braga do cargo de CEO do clube, ainda mais com este tendo entrado com ação contra a SAF do clube e seu acionista majoritário, John Textor, num conflito que durou por meses entre as partes.
O GE divulgou uma ‘guerra de versões’ entre as partes, nas quais tanto o agora ex-dirigente como os atuais donos do futebol botafoguense apresentam justificativas diferentes para o fim da relação, expondo uma série de rusgas e desacertos entre Braga e Textor desde que o empresário americano assumiu o comando da empresa que faz a gestão do departamento.
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O lado de Jorge Braga
Quem explicou o lado de Braga foi Rodrigo Cotta, advogado que tem cuidado do caso do lado do ex-CEO. De acordo com Cotta, o dirigente estaria sofrendo ‘boicote’ desde que a SAF foi constituída e Textor assumiu o controle desta, da qual foi um dos responsáveis pelo planejamento para sua criação, ainda em 2021. Tal ‘boicote’, segundo o advogado de Braga, seria o esvaziamento de suas funções dentro do Glorioso e até instruções para que funcionários não mais tivessem comunicação com este.
Além disto, há uma dívida a qual está sendo cobrada na ação pelo dirigente contra o gestor botafoguense, esta de seis meses de salários não pagos, além de uma comissão (esta previamente acordada durante o processo de criação da empresa) que deveria receber pela venda desta quando acontecesse. E ainda há também a defesa sobre um suposto ‘abandono de funções’ de Jorge Braga alegado por Textor.
“Não houve abandono de funções. Há diversas provas que demonstram justamente o contrário. Aliás, foi com base em tais provas que a Justiça concedeu a liminar a favor do Jorge”, disse Cotta, citando decisão que permitir ao ex-CEO a rescindir seu contrato com o Botafogo, que iria até 2023.
Advogado de Jorge Braga reclama de John Textor e diz que Botafogo SAF ‘esmagou funções’ do ex-CEO https://t.co/5UXoEO31uj
— FogãoNET ★彡 (@fogaonet) September 10, 2022
O lado da SAF
O Botafogo se defende das acusações de Braga negando que haja salários atrasados ao dirigente e afirmou que o tal ‘abandono de função’ do ex-CEO se deu por este ter frequentado pouco o clube após a venda e alegou que este tinha quase nenhum contato com os responsáveis pela estrutura da SAF, até mesmo alegando que, tal relação, quando acontecia, era ‘truculenta’ e ‘gerava atrito’ entre a nova diretoria e o então dirigente.
Sobre a comissão, os botafoguenses negam a existência de tal valor a ser pago ao antigo dirigente, já que para Textor, não existiu qualquer participação reconhecida por este de Braga na compra do futebol do clube, com outros parceiros (a XP e a Matix Capital) reconhecidos pelo americano como os intermediários da negociação.
Com a chegada do americano, as funções do ex-CEO passaram a ser ocupadas por Thairo Arruda, da Matix Capital, e este deverá se tornar o novo ocupante da função no Botafogo, sendo um dos homens de confiança da direção da SAF. E com histórico de uma suposta rusga entre ambos, negada por pelo gestor nas redes sociais na época.