Roger Federer anunciou nessa quinta-feira a sua aposentadoria das quadras profissionais. O tenista teve uma carreira gloriosa, com 20 títulos de Grand Slams e mais de 1500 partidas disputadas. Porém, durante toda a carreira, o suíço teve vários rivais que ameaçaram o seu domínio do tênis. Dois desses se destacam: Rafael Nadal e Novak Djokovic.
Esses três tenistas protagonizaram batalhas épicas nas quadras dos maiores torneios do mundo. Os confrontos contra Djokovic foram mais numerosos, no entanto, as batalhas contra Nadal foram mais numerosas em Grand Slams e mais memoráveis.
Roger Federer decidiu mais títulos com Nadal ao longo da carreira e há algumas partidas entre os dois, principalmente em decisões de Grand Slams, que entraram para a história.
Entre o início da carreira de ambos (Nadal é cinco anos mais novo), foram 13 vitórias de Nadal em 19 jogos. O espanhol de alguma forma conseguia atingir o ponto fraco do jogo imbatível de Federer. Uma das maiores batalhas entre os dois foi a final de Wimbledon de 2008, quando Federer vinha de cinco títulos seguidos da competição.
O confronto durou 4h48m e terminou em um jogo de 5 sets, com vitória de Nadal por 10-8 no último set.
Porém, posteriormente, quando ambos já não eram tão novos, o confronto se equilibrou, com 10 vitórias de Roger Federer e 11 de Nadal em 21 jogos.
O que desequilibrou o confronto entre os dois durante toda a carreira de Roger Federer foi o saibro. O espanhol, não à toa é chamado de “Rei do Sabro” e dominava quando a partida era disputada nesse piso.
Quando a disputa foi no saibro, Nadal venceu 14 contra duas de Roger Federer. No entanto, quando o confronto foi em outro piso, o suíço venceu 14 contra 10 do espanhol.
Nos últimos anos, inclusive, Roger Federer dominou, vencendo sete dos oito confrontos mais recentes.
E quanto à rivalidade Roger Federer e Djokovic?
A rivalidade entre o suíço e o sérvio foi diferente da com Nadal. No início, Federer dominou com 13 vitórias em 19 jogos. No entanto, a partir de 2011, quando o suíço teve alguns anos complicados, sendo atrapalhado por lesões e desempenhos instáveis, Djokovic virou e venceu 21 das 31 partidas.
Foi entre os dois tenistas que ocorreu um confronto que ficou conhecido como “a maior qualidade de tênis já vista na história”. O jogo foi válido pela final de Wimbledon de 2019, quando Roger Federer já estava com 37 anos.
A duração total foi 4h57 e a partida teve uma virada histórica de Djokovic no final, para a tristeza da torcida, que estava totalmente a favor de Roger Federer naquele dia. Essa seria a última final disputada pelo suíço na carreira.
Apesar de ter tido grandes momentos, a rivalidade entre Roger Federer e Rafael Nadal foi mais marcante do que contra Djokovic, simplesmente pelo momento da carreira em que ocorreu.
Rafael Nadal e Roger Federer chegaram ao auge de suas carreiras em momentos parecidos, apesar da diferença de idade, isso levou a um equilíbrio maior entre eles.
Já Djokovic chegou a seu auge depois do ano de 2011, quando Roger Federer enfrentou momentos difíceis em sua carreira. Dessa forma, no início o suíço dominou.
Porém, depois de 2011, os confrontos entre os dois foram amplamente dominados pelo sérvio. Somente depois de 2017 o suíço se reinventaria, se tornando um tenista muito mais ofensivo e conseguindo desafiar o Djokovic, inclusive voltando a disputar grandes títulos e vencer três Grand Slams.