Treinador do Fluminense fala sobre estrangeiros e não esconde admiração no comandante do Flamengo
Dorival Júnior gerou grande impacto desde que foi contratado pelo Flamengo. Ele colocou a equipe nos trilhos após meses de problemas com Paulo Sousa, que não conseguiu extrair o melhor do elenco. Em entrevista à ESPN nesta quinta-feira (22), Fernando Diniz defendeu o companheiro de profissão e, atualmente, rival dentro das quatro linhas.
Primeiro, Diniz comentou sobre os estrangeiros: “A chegada dos estrangeiros tem uma certa naturalidade. Tem um pouco de ‘moda’, como há quatro, cinco anos era lançar os interinos, os treinadores que eram da casa. Lá para 2015, 2016, 2017 isso virou ‘modismo’ também”, começou explicando ele, que citou o caso de Jorge Jesus em seguida:
“Jorge Jesus veio aqui, é estrangeiro, e o Sampaoli, foram bem e então a receita é trazer um monte de treinador estrangeiro. Estrangeiro, assim como brasileiro, têm uns que são muito bons e outros nem tanto”, ressaltou Diniz, que exaltou o atual treinador do Flamengo:
“Aqui (Brasil) temos muitos treinadores bons. É só ver o que está acontecendo com Dorival no Flamengo. O tipo de performance, os resultados. É um cara que está há muito tempo. Se fosse um cara que viesse de fora, a repercussão seria maior do que é com Dorival. A gente tinha que exaltar mais o que o Dorival está fazendo. Sempre foi um dos nossos melhores treinadores”, argumentou Diniz.
Diniz e Dorival se enfrentaram recentemente, no último domingo (18), com vitória por 2 a 1 do Fluminense em um jogo cheio de polêmicas. Ambos fazem bons trabalhos nos clubes cariocas e voltam a ganhar repercussão no mundo do futebol. O Flamengo está nas finais das competições de mata-mata — Copa do Brasil e Libertadores —, enquanto o Fluminense ainda sonha com o Brasileirão Série A, que tem o Palmeiras de Abel Ferreira na liderança.
Relação com os jogadores
“O meu trabalho é a minha relação com os jogadores e o interesse genuíno de ajudar eles. As pessoas às vezes colocam um selo inadequado. Na imprensa mesmo: há relatos de muitas entrevistas de jogadores que gostam de mim, mas se às vezes acontece a oportunidade de colocar um bode expiratório, acontece sobre mim”, explicou Diniz.
“O mais importante é o estabelecimento de boas relações com os jogadores: são elas que vão determinar o resultado e o desenvolvimento dos jogos. Isso eu tento estabelecer o mais rápido possível. Minha intenção é melhorar os jogadores. Tenho uma aderência muito rápida. O jogador é um ser extremamente inteligente e sensível. Pode faltar cultura e escola, mas inteligência não falta. As pessoas passam por momentos de insegurança”, completou Diniz.