Ausência na última convocação do técnico Tite antes da Copa do Mundo, o experiente Daniel Alves defende sua presença no Catar. Em entrevista ao canal ‘3 na Área’, o lateral-direito de 39 anos listou os argumentos que reforçam sua tese. Depois de sair do São Paulo pela porta dos fundos, o jogador teve uma breve passagem pelo Barcelona e atualmente joga no Pumas, do México.
Para Daniel Alves, o histórico de 16 anos de seleção brasileira é o principal argumento para defender sua ida à Copa. Contudo, o jogador minimizou o fato de estar atuando em uma liga menos competitiva.
“Meu histórico dentro da seleção brasileira é meu principal argumento. O outro é que eu sou jogador de seleção. Sou um jogador que já tem uma trajetória vencedora dentro da seleção, são 16 anos. Sempre que fui na seleção, eu performei. Hoje eu vejo as pessoas falando sobre os jogadores que estão jogando bem. Mas na minha vida eu tenho mais de mil jogos, sendo que mil deles eu joguei bem. Se o argumento foi “jogar bem”, eu creio que no meu time eu sempre jogo bem. Eu tenho conhecimento e um bom pé, e quem tem um bom pé sempre vai jogar bem”, disse.
“Físico pra mim nunca foi e nunca será um problema. Acontece que hoje nós estamos em um país com 200 milhões de treinadores, por isso começa a gerar um debate de idade, liga competitiva… Entre estar no banco da Premier League e jogando no México, eu prefiro estar jogando no México. Eu não nasci pra ser reserva. O grau de competitividade é meu, não do lugar onde eu estou jogando. O comprometimento com a seleção é meu”, completou o lateral.
Concorrência e liderança na seleção:
Daniel Alves afirmou que a concorrência saudável é boa para a seleção, mas reforçou sua importância dentro do grupo. O lateral destacou ser favorável ao debate, mas desde que tenham argumentos e acrescentem.
“Os argumentos não podem ser das pessoas que ‘acham’. As pessoas podem interferir quando têm o conhecimento das causas. Nós temos opções muito boas, não só os jogadores já conhecidos [da seleção]. O Khellven do Athletico é um grande jogador, o Rodinei… isso é bom para a competição”, começou Daniel Alves.
“No trabalho mais oculto, a minha liderança é muito nítida. Eu sou um jogador de grupo e com uma consciência grupal. E não só essa experiência, mas a nível de jogo eu passo tranquilidade quando estou em ação. Junta uma série de argumentos que me levam a ser convocado. (…) Os debates são sempre favoráveis, mas desde que sejam debates que acrescentem na construção do objetivo e tenham argumentos. Os argumentos agora para que eu não seja convocado é que eu jogo no México e estou velho. Car****, muda o disco e vira a página porque isso já está ultrapassado”, completou.
Fábio Mahseredjian, preparador físico da Seleção Brasileira, explica a não convocação de Daniel Alves:
– Nesse momento, não encontra-se em condições (físicas) de trabalhar conosco para esses dois jogos. Mas para a Copa do Mundo, investindo no trabalho, ele poderá voltar.
📸 CBF pic.twitter.com/spJUrpPIWD
— Goleada Info (@goleada_info) September 9, 2022