Pressionado pelos resultados no mata-mata da Copa do Brasil e Libertadores, o Corinthians se depara também com um certo incômodo interno mediante as recentes declarações de Vítor Pereira. De acordo com o Meu Timão, após a derrota para o Atlético-GO, português disse que a equipe jogou de barriga cheia, sem a mesma competitividade que os goianos.
Na definição da equipe, Vítor Pereira encontra dificuldades para formar o ataque. Além de não poder contar com Willian, vê Roger Guedes não cumprindo determinadas exigências quando atua pelos lados. Durante o Baita Amigos, do Band Sports, Neto e Velloso debateram o assunto.
“Deixa explícito que ele tem problema. Não pode ter um jogador que joga pelo lado, que só quer jogar pelo lado e que, segundo o Vítor Pereira, não pode jogar pelo lado, pois ele não recompõe, não marca. No jogo com o Flamengo, ele improvisou duas posições. Ele bota o Róger Guedes de centroavante e o Yuri pelo lado, aí matou os dois. É um problema que ele precisa resolver no time. Não dá para contar com um jogador que não faz a função que ele quer, e não dá para sacrificar o Yuri do lado que ele não vai render”, disse Velloso.
“Se o Róger Guedes não consegue jogar pelo lado, não põe para jogar. Ele precisa cumprir o papel tático dele no time. O Yuri foi contratado para fazer gol, pra ser esse centroavante que tanto faz falta na equipe. Precisa achar uma solução. Se o jogador não faz a função que o treinador quer e sabe o que é o melhor para o time, precisa tirar”, completa.
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Choque realidade no Corinthians
Após a partida contra o Flamengo, derrotado o Corinthians por 2 a 0, Vítor Pereira praticamente ‘entregou os pontos’ e está pessimista na virada, no Rio de Janeiro. Para ele, a forma como a equipe se comportou na ida mostrou um claro choque de realidade.
– Também gostaria de saber como vou resolver. Custa muito, estou um bocadinho em choque de realidade. Custa muito, custa muito perceber que o jogo de fato não é fácil de reverter uma situação dessa na Libertadores. Temos que ir lá competir, dar o nosso melhor, procurar perceber o jogo melhor do que hoje.
– O problema são os detalhes que definem esse tipo de jogo. Ficamos a reclamar de uma possível mão e demos espaço para o adversário. Hoje não sei por que, mas o jogo posicional quase não nos permitiu a fazer as combinações que estamos acostumados a fazer, não entramos em organização ofensiva, estava sempre em transição, “eles-nós”. Eles vão acrescentando, não conseguimos pressionar e pronto, a parte final foi um bocadinho sofrida, foi sofrível, eles poderiam ter feito um ou mais gols – afirmou Vítor.
Na semana que vem, no Maracanã, o Timão precisa devolver a diferença de dois gols, o que forçaria a decisão para os pênaltis.
– O 2 a 0 foi uma pancada forte do ponto de vista anímico, por mais que eu tentasse pedir para a equipe pressionar à frente. Tem que se perceber a quantidade de argumentos do elenco, o que está de um lado e do outro. Temos qualidade, não há duvida, mas temos que ter toda a gente disponível, não foi o caso – concluiu o treinador.