Remo é eliminado do Brasileirão Série C: relembre vexames recentes do Leão Azulino
Tradicional time paraense perdeu por 2 a 1 para o Botafogo em Ribeirão Preto. Leão Azulino só voltará a ter partidas oficiais no ano que vem
Cristino Martins/O Liberal
Tradicional time paraense perdeu por 2 a 1 para o Botafogo em Ribeirão Preto. Leão Azulino só voltará a ter partidas oficiais no ano que vem
O Clube do Remo entrou em férias em pleno mês de agosto. Afinal, o Leão Azulino encerrou a primeira fase do Brasileirão Série C fora do G8, numa modesta 12ª colocação com 26 pontos. Ou seja, a equipe paraense está eliminada da competição e fora da briga pelo acesso à Série B.
Neste sábado (12), o Remo perdeu para o Botafogo de Ribeirão Preto, no estádio Santa Cruz, por 2 a 1. Dessa forma, o time não terá mais nenhum compromisso oficial no restante da temporada, já que existe uma indefinição sobre a realização da Copa Verde. Afinal, o calendário este ano está mais curto em virtude da Copa do Mundo 2022.
Rebaixamento do Remo ao não vencer nenhum dos últimos seis jogos em 2021
A campanha ruim no Brasileirão Série C nesta temporada aconteceu menos de um ano depois do traumático rebaixamento do Remo na Série B, algo que contrariou até os matemáticos. A queda inacreditável da equipe no ano passado aconteceu depois de não conseguir vencer nenhum dos últimos seis jogos da competição. Foram dois empates e quatro derrotas. Portanto, se tivesse obtido pelo menos uma vitória nestas seis rodadas finais de 2021, o Leão Azulino teria escapado.
Um vexame que o torcedor do Remo (e por que não, o do Paysandu também?) não esquece é o da final da Copa Verde de 2015. Na decisão contra o Cuiabá, o Leão Azulino aplicou 4 a 1 no jogo de ida no Mangueirão. Contudo, a equipe mato-grossense conseguiu a reação considerada improvável. Então, na Arena Pantanal, goleou por 5 a 1 e levantou a taça. Pelo menos, no fim daquela temporada, o Remo sairia do Brasileirão Série D ao subir para a Terceirona após bater o Operário-PR no mata-mata.
Remo: amor sem divisão
Aliás, o período entre 2009 e 2015 foi um dos mais dramáticos vividos pelo Remo. Nesta época, a equipe chegou a ficar sem divisão no futebol nacional. Logo após a má campanha no Brasileirão Série C em 2008, o tradicional time do Pará passou a viver com as incertezas quanto ao calendário do segundo semestre. Afinal, teria que disputar a vaga estadual para o então recém-criado Brasileirão Série D a partir de 2009, via Campeonato Paraense. Naquele ano, o Clube do Remo perdeu o lugar para o São Raimundo, que seria o primeiro campeão da competição. Além de 2009, não conseguiu disputar o Brasileirão Série D em 2011 e 2013, ficando sem divisão por três temporadas.
Em 2010, o Leão Azulino disputou pela primeira vez o campeonato. Contudo, foi desclassificado nas oitavas-de-final pelo desconhecido Vila Aurora-MT em pleno Mangueirão. Logo após um 0 a 0 fora, o gol qualificado no 1 a 1 em Belém classificou o time do Mato Grosso. Outra equipe do estado eliminaria o Remo em 2012 na mesma fase de oitavas: o Mixto. Depois de uma derrota por 2 a 0 como visitante, o 2 a 1 em Belém não seria suficiente. Aliás, neste ano, o Leão originalmente perderia a vaga estadual para o Cametá, campeão paraense de 2012. Porém, este desistiu de disputar a competição nacional. Em 2014, o Brasiliense tirou o Remo, também nas oitavas-de-final.
Vexames em competições nacionais
Por fim, em Copas do Brasil, o Remo coleciona alguns fracassos recentes. Na segunda fase de 2020, sofreu uma humilhante goleada de 5 a 1 para o Brusque em Santa Catarina. No ano anterior, o Leão Azulino caiu para o Serra ao perder no Espírito Santo por 1 a 0. Até no Brasileirão Série C de 2020, quando foi promovido, os paraenses passaram vergonha. Na partida de ida da final contra o Vila Nova em Goiânia, o Remo levou 5 a 1.
O apaixonado torcedor azulino passará por mais esta provação, com o time do coração ficando inativo oficialmente por quase um semestre inteiro. Mas nada que abale o amor que sente pelo Clube do Remo. Afinal, até no período sem divisão, a torcida do Leão nunca abandonou a instituição. Muito pelo contrário!
