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F1: Hamilton pode ter lesão cerebral, diz Toto Wolff

Intensidade do efeito porpoising pode trazer consequências físicas e mentais a Hamilton e demais pilotos da F1, segundo o chefe da Mercedes

Por Octávio Almeida Jr em 05/08/2022 12:00 - Atualizado há 11 meses

Divulgação/Mercedes

A intensidade do efeito porpoising pode trazer, aos pilotos da F1, não só consequências físicas como também mentais. É o que afirma o chefe da Mercedes, Toto Wolff.

Em declarações reproduzidas pelo site Daily Mail, o dirigente austríaco avaliou que a FIA não tem escolha. A entidade precisa fazer mudanças no regulamento a fim de preservar a saúde dos pilotos.

“Eu sigo acreditando que a FIA e todos nós devemos fazer alguma coisa sobre isso. As frequências de um pra um hertz, nos últimos minutos, podem causar danos cerebrais. Nós estamos tendo entre seis e sete hertz por muitas horas”, iniciou Toto Wolff.

A expectativa é de que a entidade oficialize novidades após a F1 voltar das férias, no dia 26 de agosto, com a realização do primeiro treino livre para o Grande Prêmio da Bélgica.

A possibilidade já deixou o chefe da Red Bull Racing (RBR), Christian Horner, irritado. Conforme o líder da empresa taurina, as equipes têm condições de reduzir o efeito porpoising por conta própria.

“Acho que isso mostra como uma equipe escolhe operar o carro que desenvolve. É muito fácil retirar o porpoising, mas para isso é necessário sacrificar a performance”, disse.

Polêmicas à parte, fato concreto é que Mercedes e RBR são rivais diretos pelo títulos de pilotos e construtores da F1.

“Eu continuo acreditando que, fundamentalmente, a FIA não tem escolha sobre o que devemos fazer. Eu não quero que isso volte em Spa ou em outras corridas onde o circuito não seja suave”, completou Wolff.

O que é o efeito porpoising?

Efeito porpoising é a vibração que o piloto sente dentro do cockpit em trechos onde o carro atinge as velocidades mais altas.

A sensação para os pilotos é como se o cockpit estivesse quicando. Essa intensa vibração acaba provocando inúmeras dores após as corridas e os treinos.

Nas décadas de 1970 e 1980, os pilotos da Fórmula 1 sofriam com o mesmo efeito. Portanto, é um problema velho nos modelos novos da F1.

Esse efeito, que fica erguendo e baixando o carro nos trechos de maior velocidade, torna a direção dos veículos muito difícil e desconfortável. Ele voltou a ocorrer após a FIA banir soluções hidráulicas que reduziam o problema. Com essa mudança, os carros passaram a “quicar” nas retas.

As equipes estão trabalhando para diminuir a interrupção do fluxo de ar debaixo dos veículos, reduzindo assim as oscilações e a tremedeira dentro do cockpit, porém, essas soluções ainda não conseguiram resolver todo o problema.

Briga pelo título

No que tange à pontuação, o atual campeão da F1, Max Verstappen, lidera com folga o torneio entre pilotos.

O holandês tem 258 pontos, 80 a mais que o vice-líder, Charles Leclerc. O mexicano Sergio Pérez é o terceiro com 173.

George Russell aparece em quarto com 158 pontos. Ele é seguido por Carlos Sainz com 156. Lewis Hamilton está em sexto e tem 146 pontos.

Em relação ao campeonato de construtores, a Mercedes vem se recuperando. A montadora alemã reduziu a diferença para a Ferrari após colocar Hamilton e Russell no pódio, nas últimas duas corridas.

A empresa de Miranello tem vantagem de 30 pontos, sendo 334 a 304. A RBR é a líder com 431 pontos.

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