Durante um encontro com políticos e empresários em São Paulo (SP) na quarta-feira (17), o ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma reunião com uma comissão de profissionais da área de jogos eletrônicos, que apresentaram o “Lula Play”, documento com a proposta de criação de políticas públicas para o setor de games no Brasil.
As pautas elencadas na cartilha são: fomento para geração de empregos na economia criativa do país, evolução tecnológica do segmento de games e dos profissionais da cadeia de produção, além do aprimoramento do processo educacional por meio do uso de jogos digitais.
Além disso, também são abordados temas como a necessidade de regulamentação para profissionais do setor, criação de cursos técnicos para desenvolvimento de jogos, revisão da Legislação de banda larga para a extinção do limite de dados e melhorias na velocidade de conexão da Internet brasileira.
Em seu Twitter, o candidato comentou sobre o documento:
De acordo com informações publicadas na cartilha, o Brasil é o líder na América Latina em número de jogadores online, onde 92,4 milhões de pessoas movimentaram 2,3 bilhões de dólares somente em 2021 – crescimento anual de 5,1%, de acordo com relatórios da Newzoo. O país é o décimo no mundo que mais gera receita através dos jogos digitais. China, com 700 milhões de gamers, e Estados Unidos, com 191 milhões, lideram o ranking.
Saiba mais sobre o comportamento dos consumidores de games nesta matéria do Torcedores.com.
O comitê Lula Play é formado por mais de 30 profissionais de criação e desenvolvimento de jogos, curadoria para investimentos, pesquisadores, educadores, produção e jornalismo de games, entre outros, que elaboraram a cartilha no período de três meses, a partir de um convite realizado pelo Instituto Lula, em maio deste ano; 13 profissionais assinaram o documento final:
- Alan Richard da Luz, professor doutor na área de Design de Games;
- Anderson do Patrocínio, advogado e co-host do podcast de game studies Regras do Jogo;
- Eddy Venino, jornalista, idealizador do projeto NOIZ Play e fundador do site Nerfando;
- Erick Santos, advogado, doutorando em Direitos Humanos na USP, e host do Overkill Podcast;
- Érika Caramello, professora doutora na área de games e CEO da Dyxel Gaming;
- Gilson Schwartz, professor Livre-Docente do Departamento de Cinema, Rádio e TV da ECA-USP e presidente da Games for Change América Latina;
- Gustavo Mendes, candidato a deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores;
- Henrique Sampaio, designer e jornalista, co-fundador do site Overloadr e criador do podcast Primeiro Contato;
- Italo Furtado, Designer de Produto e CEO na Rogue Fairy;
- Kao Tokio, editor de conteúdo do Drops de Jogos e produtor cultural;
- Leila Dumaresq, Game Designer na Ilex Games;
- Marcelo Rigon, sócio e Diretor Executivo na Ilex Games;
- Pedro Zambarda, jornalista e editor-chefe do Drops de Jogos.
Em um mercado com crescimento mundial, há necessidade da discussão de políticas públicas para o setor de games, visando o desenvolvimento da indústria local.
Entre as atuais iniciativas do atual Governo Federal para a indústria de games, estão a diminuição de impostos dos produtos: no dia 16 de junho foi anunciada a queda na alíquota de importação de jogos eletrônicos, de 16% para 12%, medida que entrou em vigor desde 01 de julho; videogames com telas incorporadas (portáteis ou não) e suas partes, tiveram alíquota zerada.