Após publicar mensagem de despedida, o piloto Lando Norris admite que não tem simpatia pelo companheiro de equipe, Daniel Ricciardo. McLaren e Ricciardo anunciaram no início desta semana que se separarão ao fim da temporada de 2022 da F1. Ou seja, o australiano não cumprirá o ano restante de contrato.
“As pessoas provavelmente vão me odiar por dizer isso. Mas eu não sinto que tenho de ter simpatia por qualquer piloto da Fórmula 1 por não serem capazes de fazer um trabalho tão bom”, disse Norris em Spa, nesta quinta-feira (25), antes do GP da Bélgica.
O piloto de 22 anos, que superou Ricciardo desde que este se juntou à McLaren F1 em 2021, acha que deve concentrar-se em si mesmo ao invés de ajudar seu companheiro de equipe a aliviar os problemas.
“Só tenho de me concentrar na minha condução e no meu trabalho. Não é meu trabalho focar em outra pessoa. Ora, não sou um treinador de pilotos. Tampouco estou aqui na Fórmula 1 para ajudar e fazer esse tipo de coisa. Estou aqui para dar o meu melhor”, acrescentou Norris.
Para o piloto da McLaren, a opinião pública tende a esperar certo tipo de comportamento em relação aos companheiros do esporte, quando não é “realmente o meu caso”. “E também, se eu não tiver um bom desempenho por alguns anos, pode ser o fim da minha carreira e o fim de eu pilotar na Fórmula 1”, observou.
Dificuldades de Ricciardo na McLaren F1: Norris também reclama do carro
Os problemas de Daniel Ricciardo desde que ingressou na McLaren se resumem na incapacidade de adaptar-se ao carro. Contudo, Norris diz que sofreu complicações próprias em relação à mesma máquina de 2022. “Todo piloto de F1 precisa se ajustar aos cenários em que está; creio que tive de fazer isso. Não é um carro em que entrei e senti que conduziria facilmente”, explicou.
Segundo Norris, a nova geração do MCL36 da McLaren não foi a mais adequada ao seu estilo de dirigir. “O carro não combina mais comigo do que com Ricciardo. Se eu pudesse escolher um estilo de pilotagem específico para mim, este carro não me dá nada do que eu quero fazer. Tenho de me adaptar”, afirmou.