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Copa do Mundo: Relembre a campanha do Brasil em 1958

Seleção Brasileira festejou sua primeira Copa do Mundo em 1958, na Suécia, quando apresentou Pelé e Garrincha ao mundo

Por Marco Maciel em 06/08/2022 20:53 - Atualizado há 2 anos

Divulgação/FIFA

Desde que o Brasil sofreu com o Maracanazo em 1950, um clima de pessimismo reinava no país do futebol. Posteriormente, a Seleção Brasileira fracassaria na Suíça quatro anos depois. O pensamento vigente da época sugeria um “complexo de vira-latas”, conforme Nelson Rodrigues eternizou em seus escritos. Ou seja, o povo se contentaria em ser sempre coadjuvante.

Assim, longe de ser considerada favorita, a delegação brasileira embarcou para a Suécia em 1958 para mais uma Copa do Mundo. No ano anterior, obteve a classificação com dificuldade, ao derrotar o Peru por 1 a 0 no Maracanã, através do famoso gol de falta de folha seca de Didi.

Seleção Brasileira tinha somente cinco que jogaram em 1954

O técnico Vicente Feola levou para a Copa do Mundo uma equipe bastante renovada e modificada, com relação ao Mundial da Suíça. Ou seja, com poucos remanescentes de quatro anos antes. Apenas Castilho, Djalma Santos, Mauro, Nilton Santos e Didi tinham experiência no torneio, estando presentes em 1954.

Dessa forma, a Seleção Brasileira rejuvenescida apresentaria novatos como Garrincha e Pelé, este um menino de 17 anos. Entretanto, ambos iniciaram a Copa do Mundo de 1958 na reserva. Respectivamente, em seus lugares, jogaram nas duas primeiras partidas Joel e Dida no ataque, que contava também com Mazzola. Na ponta-esquerda, o jovem Zagallo seria o único a se manter titular no setor durante todo o Mundial. Dino Sani abria o meio-campo.

Desse modo, o Brasil estreou goleando a Áustria por 3 a 0, com dois gols de Mazzola e um de Nilton Santos. Aliás, era raro um lateral marcar gols naquela época. Conta a lenda que Vicente Feola se desesperou com a subida para o ataque da já experiente Enciclopédia do Futebol. “Volta para a defesa, Nilton”, teria ordenado o técnico da Seleção Brasileira. Mesmo que a vitória tenha sido tranquila, o escrete não convenceu em seu primeiro jogo. Nesse sentido, com a mesma escalação, ficou no 0 a 0 com a Inglaterra na segunda rodada.

Feola teria sido convencido a escalar Pelé e Garrincha na Seleção Brasileira

Portanto, outra história famosa é que uma reunião das lideranças da Seleção Brasileira com Vicente Feola teria convencido o técnico a escalar Pelé, Garrincha, Vavá e Zito no jogo decisivo contra a União Soviética. O grupo seria formado por Nilton Santos, Didi e o capitão Bellini. Assim, Dino Sani, Joel, Dida e Mazzola saíram do time.

Nesse sentido, Gotemburgo assistiu um massacre brasileiro nos primeiros três minutos da partida. Em tão pouco tempo, Garrincha tirou os “joões” para dançar na ponta-direita, ao mesmo tempo em que emendou uma bola na trave. Assim, Vavá, uma das quatro novidades da equipe, marcou os dois gols do triunfo por 2 a 0 sobre os soviéticos, o primeiro no terceiro minuto.

Nas quartas-de-final, a Seleção Brasileira encarou País de Gales. Mesmo que tenha marcado os dois gols na partida anterior, Vavá deu lugar à Mazzola no confronto por conta de uma contusão. Então, nosso escrete encarou dificuldades para furar a retranca dos europeus.

Até que o jovem camisa 10 desencantaria pela primeira vez em Copas do Mundo. Aos 21 minutos do segundo tempo, Pelé recebeu de costas para o gol. Assim, aplicou um pequeno chapéu no zagueiro galês e chutou prensado no canto direito. Apoiado nas redes, festejou aquele que considera o tento mais importante de sua vida.

Rasunda assistiu a dois 5 a 2 da Seleção Brasileira

O estádio Rasunda, em Estocolmo, seria o palco para a eternidade da Seleção Brasileira nos dois jogos que a levaram para a consagração. Então, o placar de 5 a 2 ao nosso favor se repetiria nas duas partidas restantes. Nas semifinais, a França foi vitimada, ainda que tenha vendido caro a derrota.

De volta ao time, Vavá abriria o placar aos dois minutos. Porém, Just Fontaine, que seria o artilheiro da Copa do Mundo com impressionantes 13 tentos, empataria na sequência. Mas uma enxurrada de gols brasileiros garantiriam a presença do escrete na decisão, com Didi e um hat-trick de Pelé consolidando a goleada. Piantoni ainda diminuiria o placar para os franceses.

Então, o Brasil teria a chance de espantar o complexo de vira-latas de Nelson Rodrigues. Mas os adversários na decisão seriam os donos da casa. E Vicente Feola não teria De Sordi, lateral-direito titular durante toda a Copa do Mundo, que machucou o joelho antes da final. Assim, Djalma Santos seria o substituto. E mesmo com somente uma partida, seria eleito o melhor da posição no Mundial.

Enfim, a taça do mundo é nossa

A Suécia assustou no começo, abrindo o placar logo aos quatro minutos, com Liedholm. Então, a reação fria de Didi conduzindo a bola até o meio-campo com tranquilidade incentivou os companheiros a não sentirem o golpe. Nesse sentido, o empate veio apenas cinco minutos depois. Garrincha driblou o “joão” sueco e cruzou para Vavá empatar na pequena área. Desse modo, a virada viria com um gol parecido do mesmo Vavá, numa nova jogada pela ponta do Mané.

https://twitter.com/GolCopas/status/1495557873337835524

O primeiro título mundial seria consolidado no segundo tempo. Assim, num dos gols mais reproduzidos em vinhetas de programas esportivos, Pelé recebeu da esquerda, chapelou o zagueiro e emendou de primeira no canto direito do goleiro Svensson. Zagallo faria 4 a 1 chutando na saída do arqueiro. Simonsson descontou e Pelé, no último lance da final, marcou de cabeça ao se chocar com o adversário, dando números finais ao jogo.

A cena do adolescente de 17 anos aos prantos, sendo abraçado pelos companheiros, simboliza a promessa feita por Pelé a Dondinho oito anos antes. O pequeno Edson Arantes do Nascimento prometeu ao pai dar a Copa do Mundo para ele, assim que o Uruguai derrotou o Brasil em 1950. Com a missão cumprida, o camisa 10 despontaria para sua carreira de glórias. Logo após os novos campeões desfilarem com a bandeira da Suécia, Bellini receberia a Taça Jules Rimet. Ao atender uma sugestão para que levantasse o troféu para que este fosse fotografado, nosso capitão eternizaria o gesto que seria repetido dali em diante.

Finalmente, a taça do mundo era nossa! Com brasileiro, não há quem possa!

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