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Casagrande cobra Cuca após volta ao Atlético-MG: “Deve explicações às mulheres”

Cuca recebe pressão para se manifestar sobre caso em Berna, na Suíça, no ano de 1987

Por Paulo Foles em 02/08/2022 07:43 - Atualizado há 2 anos

Reprodução

Cuca voltou ao Atlético-MG para tentar fazer história novamente, assim como em 2021. O treinador é cobrado por um pronunciamento sobre um caso de abuso sexual em 87 contra uma garota de 13 anos em Berna, na Suíça. O comentarista Walter Casagrande comentou sobre a situação e pediu explicações do treinador do Galo.

“Não suporto comportamentos machistas e criminosos de nenhum homem mas, principalmente, daqueles que estão no futebol. Usam a sua posição de ‘superioridade’ e pensam que podem fazer o que bem entendem contra qualquer mulher”, se revoltou Casagrande, em seu blog no Uol.

Quando ainda era jogador do Grêmio, em 1987, Cuca foi detido com os companheiros de clube, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, por uma acusação de abuso sexual a Sandra Pfäffli, que tinha 13 anos na ocasião. Eles ficaram presos por 30 dias no país estrangeiro, mas retornaram ao Brasil logo em seguida. A condenação veio dois anos depois do ocorrido, porém os atletas não voltaram a cumprir prisão.

“Cobro também, no mínimo, uma explicação e um pedido de desculpas. Cuca deve isso não só às mulheres brasileiras, mas sim a todas as mulheres do planeta, porque envolveu-se no caso de estupro de uma garota de 13 anos na Suíça”, afirmou Casagrande, que concluiu:

“Disse tudo isso para deixar claro que acho o Cuca um ótimo treinador, mas que não posso ficar calado em relação a esse passado sombrio, mal resolvido e sem nem mesmo uma explicação para se saber a versão dele dos fatos. Pelo silêncio, me parece que a versão verdadeira é aquela da decisão da justiça da Suíça”, completou Casagrande.

Cuca já chegou a se pronunciar oficialmente sobre o caso. Ao lado da esposa e filhas, o atual comandante do Atlético-MG negou que tenha se envolvido com a menina:

“Não houve estupro como falam, como dizem as coisas. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual, tentativa de abuso ou coisa assim”, explicou Cuca. “Esse episódio de 1987 precisa ser explicado. Eu estava no Grêmio havia duas ou três semanas apenas, não conhecia ninguém. Eu jamais toquei numa mulher indevidamente ou inadequadamente. Sou um cara de cabeça e consciência tranquila”, diz parte do depoimento de Cuca, que foi feito no ano passado.

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