Vôlei feminino: novata Kisy é arma do Brasil para ir à final da Liga das Nações
Oposta disputa sua primeira competição internacional pela seleção adulta e se destaca no ataque e no bloqueio
O Brasil enfrenta a Sérvia neste sábado, às 9h (de Brasília), com transmissão do SporTV 2, em jogo que vale uma vaga na fina da Liga das Nações. O Brasil se classificou ao vencer o Japão por 3 a 1, na última terça-feira, enquanto a Sérvia surpreendeu ao eliminar os Estados Unidos com uma vitória por 3 a 2. A fase final está sendo disputada em Ancara, na Turquia.
Entre as armas do técnico José Roberto Guimarães está a oposta canhota Kisy, de 22 anos. Ela disputa sua primeira competição internacional pela seleção adulta e até agora é a maior pontuadora da seleção na Liga das Nações, com 157 pontos em 13 partidas, sendo 127 de ataque, 27 de bloqueio e 3 direto no saque.
Além de se destacar no ataque, sua principal missão, a jogadora do Minas surpreende pelo talento no bloqueio: só a central Carol, especialista no fundamento, está acima dela: são 56 pontos, o suficiente para ser a líder da estatística na competição.
Na fase de classificação, em Brasília, o Brasil venceu a Sérvia por 3 a 0. Mas a atacante evita falar em favoritismo. “Sabemos que a Sérvia vai ser um adversário difícil, é um sistema de jogo completamente diferente do Japão. Elas têm uma equipe alta, com um bloqueio pesado e um ataque forte. É um jogo parecido com o nosso, mas estou confiante na nossa equipe”, afirmou Kisy ao site da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).
Ela deve formar o time titular, com a levantadora Macris, as ponteiras Gabi e Julia Bergmann, as centrais Carol e Julia Kudiess e a líbero Natinha, que formaram a base da equipe nos últimos jogos. O técnico José Roberto Guimarães não quis antecipar a escalação, mas já previu a receita para a vitória.
“A Sérvia sacou muito bem contra os Estados Unidos e foi muito eficaz na relação entre o bloqueio e a defesa. Elas têm jogadoras experientes e habilidosas, acostumadas com as bolas altas. São atacantes de força. Vamos precisar de um saque eficaz para quebrar o passe e evitar que as centrais delas entrem na partida”, afirmou o treinador.
Zé Roberto destacou a capacidade de superação do Brasil, que sofreu muito no início dos primeiros sets na vitória contra o Japão. “A equipe tem saído bem de momentos de dificuldade e isso é muito importante, assim como sustentar a pressão em momentos decisivos”, concluiu;
Na outra semifinal, às 12h30 (de Brasília), a anfitriã Turquia enfrenta a Itália. As duas seleções, que não se enfrentaram na fase de classificação, venceram seus jogos por 3 a 1 na quarta-feira: as italianas bateram a China e as turcas derrotaram a Tailândia.